Ducktales (nes)

Jogos com personagens da Disney começaram sua fama nos 8 bits, tanto do lado da Sega com o Master System como do lado da Nintendo e seu Nes. Se de um lado tínhamos Mickey e Donald com seus jogos clássicos de plataforma, do outro eram Tio Patinhas e os esquilos Tico & Teco, fazendo o possível e o impossível no Nes. Era uma briga boa, onde todos ganhavam.

Ou não. Eu sempre quis jogar Ducktales e nunca tive um Nes....
Bom, em Ducktales controlamos o velho sovina conhecido como Tio Patinhas, e temos que procurar pelo mundo o que o velhote mais gosta: DINHEIRO. Em todas as etapas do jogo estão espalhadas diversas quantias do maldito em formato de diamantes coloridos de vários tamanhos. Quanto maior e vermelho, melhor.

Tio Patinhas usa somente sua bengala pra destruir os inimigos e conseguir passar as fases, e aí mora o principal problema do jogo. É, problema, ou achou que eu ia puxar o saco por ser um clássico do console? Se enganou, hihihi!



Pula-pula penoso

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A maior parte da ação do jogo se dá atacando inimigos e explorando os cenários em busca da saída. Todas as 5 etapas podem ser escolhidas no início, mas a ordem básica é de cima pra baixo. Se quiser pode começar pela Lua, mas provavelmente vai ter problemas, depois não vá sair por aí xingando, eu avisei.

Patinhas pode usar sua bengala para matar os inimigos pulando sobre eles, ou pra rebater pedras nos mesmos ou em outros elementos do cenário. Já digo que atacar não é uma das melhores coisas no game.

Muitas vezes é fácil você sair pulando com a bengala e, de repente, cair no chão normalmente e ser acertado logo em seguida. Isso porque o controle do personagem não é lá essas coisas, às vezes funciona bem, às vezes ele te sacaneia de uma forma tão desgraçada que estará xingando o jogo já na segunda partida. Sim, partida, não existem continues, pelo menos eu não achei nenhum.

Ainda assim o pato avarento (percebam que eu escrevi AVARENTO, por mais que algumas mentes sujas por aí entendam outra coisa) tem algumas cartas na manga. Ele pode pular em espinhos com a bengalinha e sair numa boa em seguida. Isso é uma mão na roda, principalmente em locais onde tudo parece perdido. E acreditem, isso é normal de se acontecer no jogo.

Ahh, as canções

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Uma das coisas mais chamativas no jogo são as músicas, além dos gráficos bacanas também. Todas as fases tem músicas legais, daquelas que te fazem correr no google e digitar o nome do jogo seguido de OST pra baixá-las e irritar todos na casa com os belos efeitos sonoros do chip de som do NES.

Mas uma fase em destaque se diferencia: a famosa THE MOON. Mas porque ela é tão falada? Simples: uma melodia com começo, meio e fim, diferente da maioria de musiquinha de elevador dos 8 bits. A música da fase já foi inúmeras vezes tocada com os mais diversos instrumentos, basta procurar por ela no youtube. Mas sua versão original ainda consegue ser mais puramente bonita que os covers. Não é uma música para enfeitar a fase e sim uma fase que complementa a música. Não consigo imaginar essa fase com outra canção, sério.

No que diz respeito à efeitos sonoros, o jogo é uma mistura de uns noises bizarros, principalmente quando se mata inimigos. Acredito que, de tão diferentes, se tornaram uma espécie de marca registrada do jogo, já que repetiram a dose na segunda versão.

Morrer, morrer e morrer

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O jogo é difícil. Ponto. Nada aqui foi feito pra amadores, a simples fase da Amazônia, a primeira delas, já dá uma boa aula de paciência, onde os conhecimentos de palavrões são elevados à décima potência.

Essas malditas abelhas aqui estão posicionadas em lugares estratégicos. E quando não estão, surgem derepente em lugares mais estratégicos ainda. Cortesia da Capcom, meus caros, a fabricante de jogos pra MACHO que topam qualquer parada e não choramingam pelos cantos.

Inúmeras vezes vai se ver morrendo, pois Tio Patinhas tem apenas 3 pontos de vida + apenas uma forma de ataque X dezenas de inimigos sacanas. Isso resulta em enxaqueca, caso não esteja psicologicamente preparado...

Talvez, pensando nisso, a Capcom incluiu o modo EASY, onde aparecem mais tesouros e sua energia é dobrada. Mesmo assim, o jogo precisa de um certo treino pra pegar o jeito. A Capcom também incluiu o modo DIFFICULT pros aspirantes à masoquistas que gostam de DOR.

Bom, não há mais o que se dizer do game. É um jogo legal, com ótimas músicas, mas a dificuldade e alguns bugs ordinários acabam estragando um pouco a diversão. Mesmo que, pra alguns, jogar games da Capcom no NES nunca foi algo tão divertido, vale a pena experimentar Ducktales. Aposto que ele é menos traumático que Megaman, por exemplo. Ou Yo-Noid....


Nota: 7.0