domingo, 18 de julho de 2010

Sol Divide (PSX)


O que acontece se juntarmos RPG + shooter + mitologia? O resultado não poderia ser outro à não ser Sol Divide, um game bem diferente e original, não só pela união desses três fatores, mas também pela forma como os produtores souberam com maestria juntar esses elementos num game caprichado. Nascido nos arcades, Sol Divide foi portado pro Sega Saturn e pro Playstation, versão que vamos conhecer agora.



A história de Sol Divide é que.... ele não tem uma história propriamente dita. Oriundo dos arcades, já era de se esperar que a história aqui seria complicada de existir, então, vou me basear na jogatina e nas informações que coletei: de alguma forma inexplicável, um poderoso homem convocou 3 criaturas poderosas para que fossem até as profundezas do planeta destruir alguém muito mal. Quem é esse cara ou quem é esse ser maléfico infelizmente vou ficar devendo pra vocês. Mas garanto que isso não fará a mínima falta durante a jogada, podem ficar tranquilos.

Kashan descendo a lança nos inimigos

Em Sol Divide controlamos um dos 3 heróis que voam e atiram projéteis, além de atacarem com suas respectivas armas. Cada um deles tem uma característica que o diferencia dos demais: enquanto Kashan é mais durão e aguenta mais porradas, Vorg com sua espada é mais rápido e a gatinha Tyora é melhor com magias. Resumindo: jogue com os 3 e faça você mesmo sua escolha.

um dos enormes chefes do game

Na tela inicial do game podemos escolher entre jogar a versão clássica dos arcades ou partir pro modo RPG do game, o que sem dúvidas é o que mais vale a pena aqui. Nesse modo, escolhemos um dos 3 personagens e partimos para as profundezas, enquanto evoluímos o mesmo coletando itens, amuletos protetores, ervas de cura, livros de magias entre outras coisas típicas de RPG. Mesmo sendo focado em um shooter, Sol Divide une de forma única o RPG à este estilo. Os inimigos em sua maioria deixam baús ao serem mortos. Uma vez coletados devem ser abertos com as chaves corretas, nada de tentar abrir o baú dourado com a chave de prata, pois não vai rolar. Seu inventário tem um limite de itens também, obrigando o jogador a usar as coisas na hora certa e guardar itens de cura pra uma eventual necessidade. As magias são todas bem conhecidas de quem joga RPG, como Fire, Ice, Wind, Thunder, Slow e ainda temos algumas summons para invocar e estraçalhar os inimigos.

Vorg é o mais rápido, mas também o mais fraco dos três
notem que o HUD no alto fica bem diferente no modo RPG

Os gráficos do game também chamam bastante a atenção. Mesmo sendo simples em sua essência, os personagens e inimigos são muito bem desenhados e as magias enchem a tela de efeitos especiais que não devem nada pra nenhum R-Type da vida. Os chefes costumam ser enormes, todos muito bem feitos com um foto realismo impressionante pra época (e pros dias de hoje também). Eu não joguei a versão pura do arcade pra dizer, mas as versões do Saturn e Playstation que joguei possuem gráficos muito bons, com nenhum slowdown, mesmo com a chuva de tiros acontecendo na tela.

uma telinha de inventário cheia de baús para abrir

Falando nisso, a dificuldade do game é descabelante! No modo arcade as coisas ficam mais simples, pois os continues prolongam bastante a jogatina e a oferta de magias é grande. Já no modo RPG a coisa pega. Se morrer lá na frente, voltará no começo e sem nenhum upgrade ou magias coletadas no percurso. As magias nesse modo aparecem com menos frequência, devendo ser usadas com certa cautela. Os inimigos não dão sossego, desde magos voadores lançando magias até dragões cuspindo fogo, os inimigos em Sol Divide vão testar sua paciência. E como o personagem é meio grande na tela (principalmente se comparado à qualquer nave de qualquer shooter), desviar da chuva de tiros e magias é uma tarefa árdua.

Tyora enfrentando um faraó invocado

O som apresenta músicas bacanas e efeitos sonoros condizentes com a temática. Os controles respondem bem, mas um lance aqui complica sua vida: seu personagem não pode atirar pra trás, o que pode ferrar no combate contra alguns inimigos. Mas, sinceramente, não é algo que atrapalhe tanto assim não, basta se acostumar com esse pormenor que dá pra jogar numa boa.

a magia Death é a mais forte do jogo.... ah vá?

Sol Divide é uma grata surpresa que surge quando menos esperamos e faz algo que esperamos menos ainda. Unir shooter com RPG não é lá algo tão comum assim. O fato de ainda possuir qualidade na coisa o torna mais imperdível ainda.

Resumão:

+ gráficos caprichados;
+ sistema de jogo inovador e funcional;

- a dificuldade é descabelante no modo RPG;

Final Score: 8.5

5 comentários:

  1. Juro que é a primeira vez que estou vendo isso. Ele saiu em 2002?! Nem sabia que tinha jogo de PS1 lançado em 2002

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  2. @sonictales
    Não se culpe, não é o único que nunca tinha visto o game, o PSX tem muito jogo que pouquíssimas pessoas conhecem, aos poucos vou trazendo todos eles pro SHUGAMES!

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  3. Isso me parece um Golden Axe+Gunstar Heroes com a dificuldade elevada.
    Engraçado, o Cosmão está postando jogos que nunca vimos antes, e eu curto isso, pois aumenta e fortalece meu acervo gamer.
    Continue como belo trabalho Cosmão!

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  4. Bela resenha! Hehe, realmente em jogos de arcade o que menos importa é a história.

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  5. Esse jogo ai eu vi numa SuperGamerPower da epoca e curti muito e fui atras pra , comprar mas depois de muito tempo que vi .Acabei achando ele mas era dificil mesmo, detonar ele nunca consegui pelo que me lembro mas era bom demais o jogo.

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