Running Battle foi minha companhia por vários finais de semanas nos comecinho dos anos 90. Um jogo futurista, ambientado em ruas, depósitos e galpões cheios de marmanjos prontos para serem esfolados, chutados e socados era mais do que suficiente para nos fazer alugar várias vezes o mesmo cartucho naquela época. Mas Running Battle tinha um diferencial, ele era em scroll lateral 2D e tinha um poder diferente: o running power! É dele que pretendo falar um pouco no post de hoje.
Antes de qualquer coisa, Running Battle não é um jogo fácil. No começo pode até parecer, mas já na segunda fase o game se mostra um pouco mais casca grossa, principalmente no que diz respeito à acertar os inimigos. A história é de vingança, mas envolve outras coisas também. A cidade do game era uma cidade como outra qualquer, mas, depois da investida de um homem conhecido apenas como "M" e seus lacaios, tudo virou uma guerra sem fim, com civis mortos pra todo lado por uma intimidante Dark Zone. Com o intuito de acabar com a farra dos malditos, o sargento Brody resolveu partir pra luta sozinho e acabou morto. Seu parceiro, o detetive Gray o encontrou nas últimas e ouviu suas últimas palavras, que diziam se tratar do tal "M". Gray então parte pra Dark Zone em busca de respostas e dar uns chutes na cara de alguns vagabundos.
Gray pode saltar, socar e atirar assim que encontra armas de fogo pelo cenário. Apesar de não ser nada fácil, Running Battle conta com alguns mecanismos para ajudar o jogador. As já ditas armas de fogo são facilmente encontradas e podem eliminar mais facilmente os inimigos. Outro item bacana é o "SS", que dá mais força pros golpes de Gray, fazendo-o pulverizar os inimigos mais facilmente. Mesmo assim, saltar entre tambores enquanto os inimigos fazem a roda no seu personagem acaba sendo frustrante às vezes...
O item mais bacana do jogo é o Running Power, claro. Ao encontrá-lo, Gray sai em disparada pelo cenário largando inimigos, canhões e buracos pra trás por um curto período de tempo. Extremamente útil e extremamente raro, como tudo na época. Mesmo assim, é bem legal ver Gray correndo, chutando e socando tudo que aparece na sua frente como se não houvesse amanhã.
Os gráficos de Running Battle são bacanas, principalmente nos detalhes do cenário. Dark Zone se mostra um lugar imundo e o cenário reproduz isso com muita qualidade. Paredes pichadas, chão sujo, latões por todo lado e outras coisas são bem representadas e dão um clima legal ao game. Gray e os inimigos tem um bom tamanho na tela e a movimentação é tudo que se espera de um jogo rápido e cheio de saltos como esse.
Gray dando tiros em inimigos e enfrentando o primeiro chefe
De negativo, eu poderia citar a rigidez dos movimentos de Gray e a dificuldade absurda de alguns chefes e cenários. Outro ponto é que os cenários pouco variam de fase pra fase, geralmente mudando o layout e as cores, colocando mais obstáculos e inimigos mais fortes. Fora isso, são corredores e corredores abarrotados de inimigos pulando e atirando pra todo canto. Os controles respondem bem e a música ficou muito caprichada. O tema principal e da primeira fase grudam no cérebro como cola.
o Running Power e uma voadora no topo da tela
Running Battle é um joguinho bem bacana que, como a maioria dos jogos 8 bits, requer uma certa paciência para poder chegar nas fases adiantadas e quiçá terminá-lo. Mas a música e a ação frenética do jogo compensam tudo isso, o transformando em um dos grandes jogos do Master System.
Resumão:
+ gráficos bem feitos, reproduzem muito bem o cenário sujo do jogo;
+ músicas que você jamais vai se esquecer;
+ o Running Power, claro;
- Gray poderia ter movimentos mais variados;
Final Score: 6.0
Belo jogo e bela resenha! Conheci RB esse ano e fiquei vidrado, a música é realmente um fator marcante mesmo!
ResponderExcluirUm abraço parceiro!
Cosmão, rapaz, na minha cabeça eu já tinha te agradecido, só quando você comentou lá que percebi que não.
ResponderExcluirSeu comentário foi uma grande inspiração, me ajudou muito. E me deu ideias também! Vou tentar atualizar o blog dia sim, dia não, tal como você sugeriu; já tenho uns 5 posts escritos, então, se eu me organizar não vai haver correria.
Fico feliz em saber que tem gente tão legal por aí, disposta a dar uma força a um blogueiro desconhecido.
Muito obrigado mesmo, cara, espero que o Shugames prospere muito, porque seu conteúdo é ótimo; fiquei até com vontade de jogar Running Battle depois dessa review... rs.
Novamente: obrigado!
Até mais.
Um abraço!
@Marcel
ResponderExcluirA música é realmente viciante uahauhaua!
@Matheus
Novamente, fico feliz em ter ajudado com seu blog, qualquer coisa que precisar tamos aí cara!
Bola pra frente e sucesso com o Melhor que TV!
Abraços!
Esse jogo é complicado para caramba, mas como aqui foi citado, "é um joguinho bem bacana".
ResponderExcluirÉ razoavelmente fácil chegar até o "M" (perdendo algumas vidas no processo), mas é justamente a partir dele que as coisas ficam extremamente complicadas.
Lembro-me que ao ver o final do jogo, meu queixo caiu. Uma simples imagem, com a tela estática, e uma única frase. Confesso que fiquei decepcionado, mas hoje em dia vejo que muitos jogos da época terminavam desta maneira…
Por falar em ajuda, Cosmão, gostaria de saber uma coisa: como você coloca esse "continue lendo" nas postagens? Cheguei a pesquisar a respeito no Google, mas nenhum dos códigos que usei ficou como eu gostaria (igual ao seu). Pode me dar uma luz nisso?
ResponderExcluirAbraço!
@Eduardo Shiroma
ResponderExcluirNão é o único game com certeza, mas acredito que o pior final dos jogos do Master System é do Shinobi, com uma simples tela preta escrito GAME OVER!
@Matheus
Seguinte: na hora de criar um post, há um botão nas ferramentas chamado JUMP BREAK (ou "inserir expansão de postagem", cujo desenho é de uma folha de papel rasgada, ao lado do "inserir um vídeo"), que serve para separar a introdução do post propriamente dito. Ao colocá-lo no post, ele automaticamente vai dividí-lo ali.
Para editar o "Continue lendo...", após logar no blogger, na tela do painel, clique em DESIGN e, na tela onde estão todos os gadgets do blog, clique no editar do POSTAGENS DO BLOG. Logo na segunda opção (texto do link da página de postagem) dá pra editar o que colocar ali (continue lendo, leia mais, etc).
Espero ter ajudado, qualquer coisa me envia um e-mail que posso explicar melhor (o contato está no finalzinho do Shugames).
Abraços!
Cara, joguei muito este jogo na minha infância!
ResponderExcluirPROCUREI muito, muito por ele e não achava... sabem pq? Pelo simples fato de que NÃO LEMBRAVA O NOME! Muita nostalgia, fiz final novamente!!! Obrigado!!
Sabe, faz uns 20 que não jogo e queria tirar uma coisa a limpo que me perturbava a memória e ninguém mencionou aqui, este jogo tem "Good end" e "Bad end"!!!
A última fase é determinante para saber qual das finais vc vai fazer.... antes de entrar na sala para enfrentar o tal do "Miracle Man" existe um interruptor que caso aperte, vc salva a irmã do Broody antes de lutar... dai caso vença os chefes, aparece uma foto do Grey com ela, ambos sorrindo, juntamente com os dizeres "Now Broody can rest in peace"
Esta é a good ending
Caso vá direto enfrentar os chefões sem esta etapa [de apertar o interruptor e salva-la] mesmo que vença, teremos uma final "triste".... aparece a cena do chefão final morto junto com os dizeres "The justice has been served, but who was the another one?", ou seja, fica na cara que faltou algum detalhe que vc não fez....
Como eu tinha o costume de alugar a mesma fita MILHÕES de vezes e fazer final no mesmo jogo INUMERAS vezes kkkkkk, certa vez, sem querer, acabei ativando este interruptor e percebi que fiz algo de diferente, mas não tinha dominio do inglês e era a primeira vez que tinha visto um jogo com 2 finais, lembro-me de ter ficado muito tempo chocado kkkk.... agora, já pude constatar o que realmente tinha acontecido!!
Obrigado galera!
Abraços!
Matei a saudade desse jogo e da música dele . Valeu .
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