quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Haunting Starring Polterguy

Por: Electronic Arts
Ano: 1993
Gênero: Ação
Também para: PSP (2006)
1 Jogador



7.0
"...aqui o esquema é afugentar os moradores..."




Jogos onde o objetivo é pura e simplesmente assustar as pessoas são raros. De cabeça, o único que me lembro é deste, do Mega Drive.
Haunting Polterguy é um jogo diferente. Nele, controlamos Polterguy, um típico punk malando que morreu e voltou pra azucrinar a família Sardini que recém se mudou pra uma casa em um bairro fictício dos EUA.

A única forma de fazer o serviço é controlar Polterguy e fazê-lo ENTRAR nos diversos objetos espalhados pela casa. Como são vários cômodos, espere por um jogo meio longo na árdua tarefa de afugentar as pessoas.

A família Sardini em questão é composta pelos seguintes membros: Vito Sardini, o homem da casa, típico americano que vive ocupado em reuniões infindáveis, sempre de mau humor; Flo Sardini, a esposa de Vito, uma mulher fútil que torra toda grana do marido em bugigangas típicas de qualquer madame; Tony Sardini, o moleque mimado filho do casal e Mimi Sardini, a garota irmã de Tony, mimada ao extremo e com manias estranhas.

Pois bem, assustar essa família não vai ser coisa simples, afinal, cada um deles está espalhado pela casa toda, cabendo ao jogador encontrá-los e assustá-los ao máximo para que saiam do tal aposento e se dirijam à saída da casa.


Ao avistar um objeto, este ficará brilhando, possibilitando que Polterguy entre nele e faço interagir com um dos moradores assim que este chegar perto do tal objeto.

São vários objetos diferentes, desde tapetes até aquários, guitarras, camas, etc, cada um com um efeito mais bizarro que o outro. Cada objeto provoca certa, digamos, "quantia" de medo nos moradores, sendo que alguns assustam mais que outros. Uma serra elétrica voando pra cima de você certamente assustaria mais que um tapete que se abre e mostra um ser horripilante escondido nas profundezas da sala....ou não.

Como Polterguy é um fantasma, logo ele não pode ser visto pelos moradores, cabendo ao jogador explorar o máximo dos cômodos para fazer uso da maioria dos objetos dali, conseguindo mais facilmente a expulsão da família do local. Os pontos onde Polterguy pode entrar são de 3 cores: verdes, azuis e vermelhos. Saiba somente que os vermelhos são os melhores, mas requerem que a vítima esteja olhando de frente pro objeto, pra então acioná-lo e meter um grande susto nela.

Cada vez que um dos moradores é expulso do cômodo aos berros de medo, gotas verdes surgem e devem ser coletadas. Elas são o ectoplasma, energia vital de Polterguy que diminui quando ele está no mundo dos vivos aprontando. Portanto, expulsar o povo da casa o mais rápido possível acaba sendo uma missão de vida ou morte para Polterguy. Outro aspecto que faz diminuir sua vida são os latidos do cachorro da casa, que diminuem a energia massivamente, devendo ser evitado à todo custo.

Com o START dá pra se ver o mapa da casa, onde cada morador está e o quanto está assustado com os eventos ocorridos. Isso ajuda (e muito) a planejar os ataques e resolver logo a fase. Falando em "fase", são 5 mansões no total, com aproximadamente 400 objetos onde Polterguy pode interagir.


Ainda existe outro problema: se demorar muito pra coletar o ectoplasma ao expulsar um morador do cômodo, este ou some ou acaba atraindo criaturas das profundezas, que podem inclusive atacá-lo. Pra isso, Polterguy possui um potente chute pra se defender.

Caso não consiga expulsar geral e sua energia acabar, Polterguy é enviado ao submundo, uma espécie de dungeon onde é preciso sair coletando as gotas verdes sem perder nenhuma pelo caminho, pra só então voltar ao mundo dos vivos. Nem preciso dizer que essas dugeons são repletas de armadilhas, algumas sendo bem chatas. Coletando tudo, voltarás ao mesmo local de onde "morreu".

Haunted Polterguy é um jogo bem divertido, mas tem seus problemas como todo jogo. Controlar o personagem pela casa ou pela dungeon é meio complicado, pois parece que o maldito passou graxa no sapatou (ou enceraram demais o chão da casa e da dungeon) e ele escorrega muito. Isso, nas dungeons particularmente, é um pé no saco.

Outro revés é a música, quase nula ou pelo menos nem deveria existir. Ela só toca em momentos de pânico dos moradores. Já os efeitos sonoros são aquela coisa já conhecida do Mega: vozes roucas, efeitos de ruído branco e etc.

Os gráficos do jogo são simples, mas bem feitos, com efeitos modestos e que quase não exigem nada de um 16 bits. Os personagens na tela são grandões, o que facilita de certa forma, pois não se misturam com o monte de objetos pela casa. Outra coisa legal é a cara de espanto deles ao chegarem no nível máximo de medo.

Como eu já disse, é um jogo divertido, diferente, onde o objetivo foge daquela mesmice de matar inimigos. Aqui o esquema é afugentar os moradores usando os próprios recursos da casa pra isso.
Um jogo criativo e bem original.

Prós:
- gráficos bacanas, com personagens bem definidos;

- muitos objetos para interagir e conhecer;
- é um jogo bacana no que se propõe;


Contras:
- músicas quase nulas;

- dificuldade ao controlar Polterguy;

NEXT - Chuck Rock

4 comentários:

  1. Não gostei desse jogo e olha que eu tentei jogar mais de uma vez...

    Vc viu, Super Mario Morreu ;~~

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  2. Eu curto pra caramba esse jogo. O problema é que rapidinho você esgota todas as possibilidades dele... mas enquanto a novidade dura, você se diverte muito.

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  3. Como faço para jogar esse jogo? Tem para android?

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    1. Vc encontra emuladores de Mega Drive facilmente pra Android.

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