Adventure Island (NES)

NES / Hudson / 1988

Tudo ia bem na vida de Master Higgins. Ele morava numa ilha paradisíaca, tinha uma bela mulher, um nome bacana e vivia de comer frutas, peixes e outras coisas que só podem ser encontradas em ilhas como.......como......hãã, cocos.

Mãããããssss, num belo dia (não tão belo pra ele), Higgins teve sua mulher raptada e viu que aquilo não era nada bom, resolvendo partir logo em seguida. Vestiu sua tanga feita de mato e partiu pra encontrar sua amada, que foi levada pra outro canto do planeta, em uma ilha chamada Adventure Island.

Acho engraçado isso nos jogos antigos: tudo estava muito perfeito, a vida era calma e tranquila, DE REPENTE, surge um monstro cabeludo e leva sua esposa/mulher/namorada e seu mundo cai. É como se fosse impossível prosperar a paz, algo utópico.....

Mas, voltando ao nosso jogo, como era bom nessa época, não precisava existir enredos elaborados, cheios de efeitos especiais, pra contar uma historinha simples como essa. Aposto que, se fosse desenvolvido hoje em dia, Adventure Island iria ter aliens, armas de fogo e artilharia pesada com direito à zumbis, locusts, (já mencionei aliens?), muitas armas e fogo pra todo canto, com direito à bombas atômicas explodindo à cada esquina e nosso herói teria muitas tatuagens e fumaria um cigarro atrás do outro e...e.......e teríamos mulheres em trajes minúsculos, claro...não que eu reclame disso especificamente......ah, vocês entenderam.

Bom, com essa historinha meiga, começamos um dos jogos mais desgraçados da época. Desgraçado no sentido de dificuldade, pois guiar Higgins pelas inúmeras fases não é nada fácil....Com um botão, pulamos, com outro, atacamos e, se segurar esse último, Higgins dá uma corridinha, essencial pra saltar alguns buracos.

Nada muito longe do normal da época, mas aqui a coisa fica apelativa é nos cenários. Cheios de buracos, alguns locais exigem saltos longos e, se no caminho tiver um morcego, adios vidinha....Higgins morre ao menor contato com o inimigo, à menos que esteja de skate. É, nosso troglodita apaixonado pode usar um SKATE pra passar mais depressa pelas fases. E sim, os controles do skate são horrendos...

Higgins, além de saltar e matar inimigos, precisa sempre coletar toda fruta que encontrar, pois elas garantem, além de pontos, o tempo necessário pra se terminar o estágio. No alto da tela há uma barra que sempre aumenta quando se coleta frutas, e vai diminuindo com o tempo.

A contagem de pontos é o quase o fator principal do jogo, visto que vidas são raras de se achar, então, juntar um balaio de frutas no final das fases é bem recompensador. Mais recompensador que isso só encontrando um vaso raro que duplica seus pontos ao terminar a fase....desanimador é conseguir pegá-lo, pois está sempre em lugares complicados...

A única arma do nosso heróis é seu machadinho. Assim que encontrado (Higgins parte praticamente pelado, achando a arma mais adiante), poderá dar cabo dos mais variados inimigos, desde lesmas, morcegos, bichos estranhos, moluscos e etc. O jogo tem gráficos bem coloridos e agradáveis, além de uma musiquinha bacana.

Lógico, sendo o primeiro de uma leva de 4 jogos, Adventure Island é bem precário se comparado com seus irmãos mais novos. Mas ainda assim, ele nos faz lembrar da boa época onde valia mais a paciência nos saltos e a contagem de pontos do que qualquer malandragem com armas nucleares e monstros radioativos.

O melhor: muitas fases;
O pior: a variedade delas é quase nula;
Skate: desde a pré-história divertindo o homem;

Nota do Cosmão: 5