quarta-feira, 23 de março de 2011

Generations Lost (Mega Drive)


A primeira coisa que notei em Generations Lost é uma certa semelhança com Flashback. Eu explico: o game começa em uma floresta cheia de dispositivos eletrônicos, o cara que controlamos usa uma espécie de laser para subir pelas telas e toda a floresta parece recentemente abandonada ao acaso. Mas, diferente de Flashback, nosso herói não escala paredes, não corre e não usa uma pistola. Na verdade, esse jogo é um pouco mais futurista ainda.



Controlamos Monobe com a missão  de resolver vários problemas em seu mundo, visitando para isso vários setores e destruindo vários inimigos. Monobe é herdeiro de um ancestral guerreiro, de nome Keptan, que no passado varreu o mal que assolava o mundo, ajudando seu povo a sobreviver. Sem saber por onde começar, Monobe acaba ganhando um mapa do oráculo, que o ajudará na difícil missão. Nosso herói também recebe uma armadura especial, e é aí que moram as grandes diferenças entre Flashback e Generations Lost.


Monobe é capaz de subir em plataformas altas usando sua arma laser, que, além de atacar, serve como corda. O personagem não tem uma mobilidade muito fácil de se controlar de início, mas nada que um pouquinho de treino não resolva a parada. Além da  arma laser, ele também pode chutar, socar inimigos e acionar dispositivos para abrir portas e passagens.

os detalhes da floresta e Monobe usando sua principal ferramenta no jogo todo

Apesar de ser focado em plataforma, o game apresenta uma série de puzzles envolvendo portas, terminais eletrônicos, itens e exploração de cenário usando o laser. Como eu já mencionei, o controle sobre o personagem não é perfeito, Monobe é excessivamente duro, ele salta de uma forma estranha e seu ataque é curto. Não será raro muitas vezes cair em buracos eletrificados ou ser atacado por inimigos por conta do controle.

Existem alguns dispositivos no cenário que ajudam o jogador, como o já conhecido marcador de tela (caso morra, voltará ali) e um outro parecido com uma pirâmide, que permite usar o laser como cipó para alcançar lugares distantes.

essas plataformas são o único meio de encher a energia no jogo...
ao lado, as partes alagadas da fase estão todas eletrificadas, 
uma boa desculpa para não existirem fases aquáticas

Os gráficos do jogo, por outro lado, são lindos. Desde a detalhada floresta, passando por templos e torres cheias de parafernálias futuristas, é perceptível o capricho dos produtores. Em alguns casos, como no primeiro boss, a tela gira com um efeito muito bacana, provando que o Mega Drive também sabia unir a tecnologia com a parte artística, dependendo dos produtores envolvidos, e não devia nada pros concorrentes na época.

ativar terminais é uma das várias atividades que são feitas regularmente no game

A música em Generations Lost é escassa, mas precisa. Ela basicamente não aparece enquanto algo de diferente ocorre no cenário, tal qual dois outros grandes clássicos, Flashback e Out of This World. Isso gera uma certa solidão e isolamento no game, sensações que com certeza os produtores tentaram realmente causar. Os efeitos sonoros são mais básicos e não oferecem nada de novo.

um dos muitos usos do laser de Monobe
à direita, um dos upgrades pro laser, aumentando seu alcance

A dificuldade do jogo é acentuada, principalmente em cenários mais adiantados, onde explorar é a palavra de ordem. Em algumas situações, botões e alavancas estão muito bem escondidos, geralmente com inimigos e armadilhas guardando os pontos principais. Monobe pode coletar alguns itens para ajudá-lo na missão, como escudos protetores, itens para se tornar invisível, um ou outro tipo de laser novo, etc. Por outro lado, as vidas são contadas e escassas, não existindo nem continues. Sua energia é reposta apenas encontrando um certo terminal, onde basta pisar nele para completá-la.

à espreita, esperando o momento certo de descer e acertar o inimigo...
ao lado, a sinistra tela do primeiro chefe, esse olhão gigante aí...

Levando em consideração algumas novidades bem vindas no game, Generations Lost se sai muito bem. É um sólido game de plataforma, típico da época, mas ele consegue se sobressair com sua mecânica exclusiva e com uma história bem interessante. Apesar da dificuldade inicial, após aprender a usar a principal ferramenta de Monobe, o jogo fica mais aceitável. Extremamente recomendado para apreciadores de ficção científica e fãs de Flashback, mesmo sendo bem diferente deste.

Resumão:
+ gráficos bonitos;
+ jogabilidade inovadora;
+ história criativa e interessante;
- personagem meio pesado nos saltos;
- a dificuldade;

Final Score: 8.0

7 comentários:

  1. Gostei muito das imagens e fiquei muito curioso, apesar de minha aversão a esse tipo de jogo, esttilo flashback. Quem sabe um dia? Valeu pela dica, nunca havia ouvido falar desse jogo. Arrasô!

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  2. Curto Muito esse jogo desde que aluguei ele uma vez na locadora porque os jogos mais mainstream já estavam todos alugados, sempre tentei achar o cartucho para comprar mais nunca consegui, mas quem sabe, ultimamente tenho achado umas raridades e venho completando minha coleção pouco a pouco.

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  3. Pouco joguei esse game! Mas já me interessei por uns Sprites.
    Por falar em Sprite, olha só isso...: http://gazetadealgol.com.br/blog/?p=1134

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  4. da uma olhadinha no meu blog
    http://dosersgames.blogspot.com/

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  5. Olha só!
    http://gazetadealgol.com.br/blog/?p=1140

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  6. me recusei a acreditar que tinha tão poucas fases, pensei que eu é que não sabia o que fazer em certo ponto e deixei passar algo!, a fase do gatinho, nossa me dava uma raiva!

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