quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Pergaminhos do Cosmão Vol. 2: A Geração dos Remakes, Reboots e Remasters



De uns anos pra cá, a indústria dos games em geral se rendeu à uma prática que não era tão comum nos gloriosos tempos de 8, 16 e 32 bits principalmente: os remakes, remasters e reboots de séries e jogos famosos. Talvez por enxergar um nicho diferente do usual, um mercado ainda encoberto, várias empresas estão fazendo jogos baseados ou até mesmo reboots de séries consagradas, procurando, antes de qualquer coisa, revitalizar algo que, outrora, fez sucesso e vendeu bastante. Esse pode ser considerado o caso, especificamente, de Tomb Raider, mas existem outros casos que vou expor ao longo deste texto.


O que são remakes?
Remakes envolvem refazer um determinado trabalho que fez ou não sucesso no passado, mas que tenha apelo, tanto comercial quanto nostálgico. Em se tratando de jogos, remake significa reaproveitar personagens, engine, design de fases e história, usando, para tal, uma reformulação completa de jogabilidade e de gráficos, tornando tudo moderno e acessível aos jogadores atuais. Exemplo de remake interessante é o do Castle of Illusion, originalmente lançado para o Mega Drive em 1990.



Remakes são sempre bem vindos, ao meu ver. Dão nova vida e uma nova visão de como seriam aqueles jogos nos padrões visuais e de jogabilidade de hoje. Dependendo da produtora que os pegue para produzir, podem sair jóias como este que citei, além de outros.

Um exemplo de remake que pretende mudar quase por completo o jogo original é do Final Fantasy VII, feito pela Square Enix e que deverá ser lançado ano que vem (2017) para Playstation 4, Xbox One e PCs. Neste caso, o remake está sendo levado ao extremo, mudando inclusive a forma de jogo, com a justificativa de que, naquela época, o jogo tinha uma jogabilidade arcaica e demasiadamente defasada com relação aos jogos do mesmo estilo que surgiram posteriormente. Eu concordo em partes e discordo em outras. Explico.



Em um remake, uma das coisas que precisa ser mantidas, antes de qualquer coisa, é a originalidade do título. Anunciar um remake e mudar completamente sua forma de jogar de outrora, é um tiro no escuro. Haja vista que muitos fãs da obra original da Square estão receosos quanto à esta mudança drástica. Mas, como o tempo é o mandante da vida, veremos que está por vir.



Segundo a própria Square-Enix, as principais mudanças com relação ao jogo original, além de um visual completamente novo e moderno, ficam na jogabilidade e, principalmente, no sistema de batalha. Eles prometem revitalizar todo o sistema de combate do jogo original, dando uma ênfase no padrão atual, que é baseado na ação, ao invés dos turnos clássicos dos jogos da década de 90. No mais, só nos resta aguardar para ver como tudo isso vai ficar.

E os remasters?
Bom, os remasters são, acima de qualquer coisa, uma forma de ganhar dinheiro relançando um mesmo jogo, mudando minimamente o visual do mesmo ou adaptando a resolução do mesmo para os dispositivos modernos da atualidade. É como pegar o jogo antigo e adaptá-lo para as TVs modernas, a fim de minimizar o incômodo visual. Exemplos para isso na geração atual e passada não faltam, como os jogos do Playstation 2 relançados no PS3, ou até mesmo do PS1.



Um dos exemplos mais famosos, Resident Evil 4, que, à princípio, seria lançado exclusivamente para Game Cube (incluindo aí a cabeça do seu criador, prometida caso o jogo fosse lançado em outra plataforma), mas com versões para Playstation 2, Playstation 3, Playstation 4, Xbox 360, Xbox One, Zeebo, PC e celulares, se não me engano. Entre todas as versões, o jogo é praticamente o mesmo, com mudanças apenas na resolução do mesmo.



Claro, existem excessões. Uma delas, por exemplo, é o caso do Ducktales Remaster, a reinvenção do clássico do Nintendinho para as plataformas atuais. O jogo ganhou um visual novo, ainda calcado no cartoon da época, mas com novidades interessantes, como um design levemente modificado das fases, inclusão de mapas, tesouros para achar e até uma lojinha para destravar imagens. Apesar de todas as novidades, a dificuldade padrão do original foi mantida, além da mecânica ser a mesma, assim como a jogabilidade.



Remasters então são nocivos à indústria? Sim e não. Não pelo fato de permitir que mais pessoas conheçam e joguem o game, no caso do RE4, um jogo bem bacana. E sim pelo fato de significar, muitas vezes, dinheiro fácil para a produtora, denotando uma preguiça de desenvolver coisas novas. É mais fácil você pegar um game pronto, que fez muito sucesso, mudar a resolução e relançá-lo em uma plataforma moderna. E é justamente esse tipo de coisa que mais vem acontecendo nos dias de hoje.

Ok, e os reboots?
Sim, mais um nome com as letras R e E na frente. Reboot é refazer a história do jogo, contá-la novamente, sob outras perspectivas, outro ângulo narrativo, com ou sem mudanças drásticas de enredo, mas mantendo pouquíssima ou quase nenhuma relação com o jogo original. Tomb Raider de 2009 é o exemplo mais perfeito dessa situação. Lançado veemente como um reboot da série principal, esta versão conta como Lara Croft, heróina da série, foi parar nesse negócio de explorar tumbas, tudo com uma perspectiva cinematográfica, ou seja, sem aquele embrólio gamístico característico da série.

Nada mais de pulos calculados, informações escassas e segredos de difícil acesso. Agora temos uma Lara Croft que encontra facilmente as saídas no cenário, que sabe fazer até mesmo suas próprias armas, precisando caçar para comer (mesmo que isso seja feito apenas uma vez no game todo) e que necessita explorar ambientes em busca de descobrir uma saída da ilha onde se meteu. Tendo a informação de que o jogo se passa antes da série ter iniciado, é natural que a produtora teve liberdade de contar do jeito que ela quisesse tudo, sem ter a obrigação de envolver na história a Natla e todos aqueles personagens do primeiro jogo da série.



Foi bem recebido pela crítica? Sim, o reboot de Tomb Raider é até hoje aclamado pelo público e pela crítica como uma bela forma de ressuscitar a personagem, praticamente morta após o Tomb Raider Underworld. Já com sua continuação direta, Rise of Tomb Raider, repetiram a mesma fórmula e enfiaram um monte quinquilharia pra Lara colecionar, o que tornou o jogo extremamente cansativo de ser explorado. Isso me faz perguntar: será que teremos outro reboot da série, já que a fórmula se desgastou logo no segundo jogo? Será mesmo que um reboot seria necessário, ou apenas mudanças sutis na jogabilidade de Underworld já não surtariam efeito na série?



É difícil prever algo. O mundo dos games está se tornando um ambiente hostil para qualquer opinião que vá contra o que a indústria manda o jogador engolir. Se no passado, estávamos acostumados a jogos difíceis não apenas pela dificuldade padrão, mas por bugs e jogos incrivelmente mal feitos (mesmo que fossem a fatia menor dos lançamentos, algo que nem se compara com hoje, por exemplo), hoje a molecada engole qualquer coisa que tenha gráfico bonito e uma boa taxa de frames, não importa o quão ele seja simples, fácil e vazio.

É preciso, antes de mais nada, critérios. Um bom game une tanto visual convincente para o tema proposto, quanto uma jogabilidade contundente, um som adequado e uma mecânica que não o torne repetitivo e o faça ser algo prazeroso do começo ao fim. O mesmo deve ser aplicado aos remakes, remasters e reboots. Acredito que, até além disso, devem ser exponencialmente testados e avaliados, pois lidam com um fator invisível chamado nostalgia.



A indústria atual, salvo raríssimas excessões, caminha para o caminho contrário: jogos bugados, jogos incompletos e um mar de jogos praticamente iguais, mudando protagonista, mapa e mecânica. O estilo sandbox é o mais explorado da atualidade, tendo praticamente um lançamento por mês abordando essa mecânica de jogo. São mapas muitas vezes enormes e... praticamente vazios. Pouca interação, apenas vastas planícies para se andar, andar, atirar, andar e andar mais ainda. E quando há alguma interação, não é nada que já não vimos em outro jogo para o mesmo sistema ou até mesmo na geração passada. A série Assassin's Creed é o maior exemplo disto.

A falta de criatividade foi uma das causas do crash de 1983 da indústria dos jogos. Além da enxurrada de jogos muito parecidos e sem qualidade para se sobressair, a criatividade era algo inexistente, gerando jogos cada vez piores e culminando num mar de mesmice que levou a indústria para o buraco.

E é engraçado, sob a ótica atual, você conseguir enxergar diversos elementos que se parecem bastante com os daquela época: jogos parecidos, jogos ruins ou bugados, preços altos tanto de sistemas como de softwares, etc. Claro, hoje temos uma gama maior de sistemas do que naquela época, além de parte indústria ser independente e produzir, paralelamente, grandes jogos no mercado indie. Mas é algo a ser analisado e observado.

Quero muito estar errado, mas o presente parece estar reproduzindo o passado, só que a sua pior parte.

23 comentários:

  1. Esta geração sofre com a falta de criatividade. Apostam apenas no visual, mas esquecem-se do essencial. Pergunta: o Wind Waker do WiiU seria um remaster, né?

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    1. Sim, puro e simples remaster. Falta de criatividade é enorme e o curioso é que nem é culpa de remasters, remakes e reboots. Os caras andam preguiçosos mesmo, se apoiam em franquias consagradas e só fazem sequencias.

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  2. Só quem é cego que não percebe, a indústria está indo no mesmo caminho do Crash de 83, posso ainda acrescentar o alto preço abusivo dos jogos e agora desses óculos VR que vai ser outro acessório dando tiro no pé. Essa geração é a geração mais preguiçosa de todas, ninguém quer saber de fazer jogo novo aproveitando o máximo do hardware dos consoles, fora as empresas oportunistas que fazem jogos extremamente mal-feitos e bugados pra depois mandarem baixar patchs gráficos e comprarem DLC's ridículas.
    Esse assunto aí ainda vai render bastante.
    Bom conteúdo Cosmão.

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    1. Obrigado. É incrível a ladeira abaixo que segue a geração nova e é mais incrível ainda o tanto de gente que não consegue enxergar...

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  3. Vou fazer igual a indústria de jogos, ser repetitivo:
    "Geração atual de Vídeo Games é sempre mais do mesmo.
    Estou apostando minhas últimas fichas no PC como plataforma de games somado ao jogos Indie.
    Espero no mínimo, mais diversão com essa fórmula do que comprar um XBOne e ter que me contentar com as dezenas de Call of duty.

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    1. PC realmente me parece ser a melhor escolha, vc joga tudo dos console, mais barato, com maior acesso e ainda tem o monte de indies de qualidade!

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  4. Sensacional a postagem. Infelizmente a indústria atual está carente de novas ideias, agora tudo está sendo copiado ou reaproveitado. É triste mas parece que a indústria dos games está se encaminhando para um novo crash. Quem sabe assim as grandes mentes possam surgir e trazer novos ares.

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    1. Interessante notar que, no último crash que tivemos, a Nintendo se sobressaiu e salvou o mercado com o NES. Estamos em vias de fato de conhecer o novo console da Nintendo...

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  5. Infelizmente, a indústria dos games parece ter entrado em um caminho sem volta e eu sei que alguns podem me xingar por isso, mas a verdade é o que os maiores culpados disso somos nós, gamers de modo geral.

    Quando começaram a disseminar a prática de picotar um jogo pra depois vender DLC lá no começo da geração passada, ninguém falou nada, todo mundo achou normal. Resultado: Já chegamos ao cúmulo até de ver empresa vendendo final verdadeiro de jogo por DLC.

    Quando as empresas começaram também a apressar os lançamentos confiando na possibilidade de corrigir os bugs mais tarde com patchs, todo mundo achou normal. Resultado: Empresas começam a se acomodar, e exemplos como o de Assassins Creed Unity, Watch Dogs e agora No Man's Sky, tornaram-se comuns, e vão aumentar ainda mais.

    Quando o mercado de games se tornou algo "legalizado" de novo no Brasil, todo mundo foi seduzido com o discurso lindo criado pela mídia de que "agora teremos jogos em português", "os consoles vão passar a serem fabricados nacionalmente e terão um suporte melhor", "as produtoras começarão a valorizar o mercado brasileiro" e outros meros devaneios. Resultados: PS4 sendo lançado por 4.000 R$, Sony VR por 3.300 R$ e um jogo por mais meia-boca que seja, é no mínimo 200 R$.

    Tá na hora de parar de ser cordeirinho da mídia e começar a questionar um pouco mais as coisas, ser um pouco mais ceticista. Nós podemos salvar a indústria de videogames de mais uma quebra, mas enquanto a maioria continuar sendo marionete e esquecendo de usar a cabeça, o crash vai ser inevitável.

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    1. Eu não teria como concordar mais com vc Marcos! A indústria está preguiçosa e se apoiando nisso para vender sempre a mesma coisa pros mesmos consumidores, que vão lá, xingam bastante mas compram. É um ciclo interminável que vai acabar culminando em um novo crash...

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    2. Concordo com a análise de vocês, mas acho que mesmo considerando tudo isso, temos muitas opções para contornar estes problemas. A impressão que tenho é que cada vez mais compensa comprar jogos: muitas plataformas de distribuição virtual com promoções por preços baixíssimos.

      Além disso, hoje a quantidade de jogos lançados é maior do que anos atrás, e temos muitas plataformas (mesmo quem não tem videogame joga no pc e no celular); pra cada gênero e subgênero tem alguém fazendo algo novo, além dos indies que sempre são criativos em temática e jogabilidade, mais seus preços acessíveis. Os jogos com conteúdo gerado pelo usuário e competitivos têm comunidades e longevidades tão grandes que às vezes mais parecem existirem em relação à suas próprias versões e grupos de usuários do que em relação à outros jogos e público em geral.

      Tudo isso me dá a sensação e empolgação ainda maiores do que tinha com videogames como na minha infância, e analisar positivamente o cenário.

      Quanto às mecânicas repetidas considero que sempre foram grande parte e não um problema (antes eram plataformas, depois fps, aí mmo's, etc), mas talvez essa variedade e criatividade que falo não apareça tanto porque a propaganda dos grandes estúdios e a mídia que depende deles ocupem muito espaço falando justamente desses games de jogabilidade manjada.

      Quanto aos jogos ruins, se informando sobre os lançamentos (pra evitar aqueles bugs e patchs de coisa mal feita) e sendo criterioso e paciente, dá pra passar muito bem escolhendo atualidades e antiguidades por um preço justo ou mesmo baixo. Mas se for pra jogar no dia de lançamento algo bugado que receberá 5 dlcs e custa uma pequena fortuna, é prefível jogar algo diferente até o dia em que a edição completa e sem bugs entrar em promoção, ou simplesmente comprar um usado.

      Acho que a fragmentação do mercado em tantas partes, com tanta gente produzindo, tendo mais jogos do que se consegue consumir, seja mais prejudicial, afinal a sensação que eu tenho sempre é a de que sai muito mais coisa interessante do que tenho oportunidade de jogar. Dia desses encontrei um site que só falava sobre rpgs para celular! Caramba, e eu nunca zerei um rpg no celular na minha vida! O que estou perdendo?

      Resta mesmo a gente usar a cabeça, falar a respeito e aguardar.

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  6. Acho que as empresas ficaram demais na defensiva e conseguiram o vilão ideal para culpar essa falta de criatividade (Crise). Antes você tinha diversas linhas de gêneros e franquias pipocando para as principais plataformas, hoje os produtores alegam que não podem arriscar tanto. Isso segue pra outros ramos como o cinema querendo desovar remakes de tudo aquilo que fez sucesso nos anos 80. Quando o pessoal parar de pagar por essas canastrices, talvez eles tentem atrair o público com novas coisas.

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    1. Sim, uma das muletas utilizadas é a crise. Claro, ngm é idiota o suficiente para saber que, hoje em dia, produzir um jogo do naipe de um GTA V custa milhões, mas vejam o que as empresas independentes estão fazendo por aí! Veja a qualidade de um Shovel Knight, por exemplo!

      A preguiça aliada à desculpas esfarrapadas estão levando essa indústria ao buraco.

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  7. Bela abordagem Cosmão.

    Acho que parte disso se deve ao fato das empresas terem medo de errar, o que daria prejuízo por causa do investimento feito. Então temos mais jogos dos estilos que estão vendendo bem, mas sem muita diferenciação entre eles, ao menos sem nada inovador.

    Os remasters pra mim estão mais para tirar dinheiro do que mostrar algo realmente novo, poucos jogos são exceção. Remakes são bem-vindos, como você disse.

    Reboots poderiam ser melhor utilizados, acredito que poderiam utilizá-los de forma satisfatória em jogos mais antigos que não funcionaram naquele momento mas que tinham potencial, por exemplo o tão criticado Superman do Nintendo 64, por que não dar um reboot nele?

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    1. Entre os três termos, acho que o remake é o mais "saudável" em se tratando tanto de indústria como de consumidores. Não é um produto meramente adaptado para o padrão atual de imagem e tem um forte apelo nostálgico. O problema é dar essas jóias nas mãos certas!

      Uma empresa que consegue tratar com respeito esses jogos clássicos com uma roupagem moderna é a WayForward.

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  8. Sei que não é um jogo eletrônico, mas creio que vale a reflexão.

    Estes dias eu joguei Cara-a-Cara com uma prima e ela tinha a versão moderna do jogo. Precisa ver que diferença da versão que eu jogava na infância! O plástico do tabuleiro mais fino que um papel, as fotos das pessoas em um tamanho ridículo de pequeno, mal dava pra ver as características físicas dos personagens, as cartas davam metade da palma da minha mão. Ali eu pensei como as coisas estão realmente se degenerando (não é nostalgia é uma questão de comparação pura e simples). As pessoas estão comprando jogos e eletrônicos muito mais vagabundos e por preços não tão baixos assim. O zelo e o capricho estão cada vez mais longes e as coisas cada vez mais descartáveis.

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    1. É como eu te disse: zelo e capricho infelizmente estão sendo substituídos por ganância e desleixo. Fazem de qualquer jeito porque sabem que vai vender mesmo assim.

      A série Assassin's Creed é o exemplo mais perfeito disso. Só agora, após lançar um negócio inteiro bugado e sem novidade nenhuma, receber uma enxurrada de críticas, é que vão dar um tempo na série para reformulá-la.

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  9. Cosmão, embora tenhamos alguns elementos do Crash de 83 hoje em dia, por outro lado a indústria de hoje é muito mais mais madura e sólida. Não consigo ver um Crash hoje como em 83. Hoje, por pior que seja, existem muitos jogos em PC, muitos como indies, e muitos como franquias que sempre vendem. como por exemplo, o futebol americano que é um sucesso sempre. Para que haja uma quebradeira, seria preciso que toda essa gama de jogadores parasse de comprar, e isso não vejo como pode acontecer. A não ser que a indústria americana como um todo entre em uma crise generalizada, mas aí é outra coisa.
    Eu não sou tão crítico ao sistema atual como um todo, mas uma coisa que eu acho um absurdo é vender um jogo por episódios como se fosse uma série. Eu, falo para meu gosto, não consigo ver a graça de comprar um game dessa forma. Quem gosta beleza.

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  10. Culpa dos Jogadores leite com pera, culpa das engines únicas e similaridade de hardware de um vídeo-game para outro. Jogos requentados para esses hardwares , mais umas cenas em cg, pronto Lucro certo... Uma nova forma de pensar jogos deve solucionar isso, imagino que isso vai ficar na mão das indies, pois produzir jogos bons com pouco dinheiro se tornará necessário em um futuro próximo. :)

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    1. Taí um ponto interessante. Se no futuro os AAA não cobrirem o investimento, devido a uma pulverização ainda maior do mercado de games, até mesmo as gigantes irão ter que se adaptar e começar a fazer coisas mais baratas e diversificadas. Eu não digo fazer jogos "indie", mas focar em história boa e gameplay e deixar o grafismo apenas para as placas de vídeo. Pode ser uma ilusão, mas acho que isso é mais viável do que uma quebradeira do setor.

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  11. Muito boa a postagem.
    Tenho a impressão que, com os o sucesso de GTA, muitos jogos (inclusive franquias consagradas) estão migrando para o estilo Sandbox para surfar nesse sucesso. Gênero esse que, além de oferecer permite oferecer "mapas muitas vezes enormes e... praticamente vazios" (brilhante definição), está mais preocupado em oferecer horas de jogo do que qualidade propriamente dita, fazendo uma analogia com literatura, seria como se uma editora vendesse um livro apenas pela quantidade de páginas que possui e não pelo conteúdo do mesmo.
    O mais triste ainda são as remasters: bateção de cartera pura!
    Não acho que estamos na eminência de um crash ainda, mas acredito que a indústria dos games passa por uma crise de criatividade, mais ou menos como a indústria do cinema (onde atualmente as principais produções se resumem a remakes, reboots e filmes de heróis).

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