sexta-feira, 3 de agosto de 2018

HI-SCORE: 5 Jogos de Arcade para Pontuar



Na remota época dos videogames, uma prática bastante comum era você acumular pontos em jogos, principalmente de arcades, já que os consoles ainda não existiam. Fazer pontos e superar o adversário era muito mais importante do que, simplesmente, seguir com o jogo. Até porque, muitos jogos sequer tinham finais; quando tinham, eram uma simples tela travada com o seu... score.

Um tempinho atrás, eu criei vários eventos de HI-SCORE no nosso grupo de Facebook, com o intuito de resgatar essa modalidade tão saudável e que nos permitia conhecer muita gente. Existem muitos grupos que ainda vivem essa febre (além de sites inteiramente dedicados a colher pontuações e criar rankings), principalmente no estilo de navinha (shmup), mas, no Clube da Jogatina, entravam vários estilos diferentes (e sistemas diferentes também), para justamente variar a coisa. Infelizmente, como quase tudo na vida, isso aos poucos foi perdendo a graça e poucos eram os que ainda participavam, o que me fez desistir desse tipo de postagem, mesmo que momentaneamente.

E o que torna um jogo apto a ser disputado por pontos? São duas características simples e uma um pouco mais complexa, na minha opinião:

1 - ser divertido;
2 - zerar o score a cada ficha inserida;
3 - e a mais, digamos, complicada: não ter locais para "ordenha" de pontos, por exemplo, um jogo sem tempo onde você fica parado matando inimigos infinitamente;

Existem muitos jogos divertidos de se jogar para o MAME, mas que, infelizmente, não resetam seus pontos ao inserir fichas. As fichas são o limitador natural da pontuação, o que obriga o jogador a fazer e dar o seu melhor com uma única ficha. Existem jogos que não reiniciam o score com novas fichas, mas dão um jeito de marcar as fichas usadas na própria pontuação (Cadillacs & Dinosaurs faz isso muito bem mostrando as fichas usadas nos dois últimos dígitos do score).

Então hoje, no Shugames, eu resolvi destacar alguns bons jogos para pontuar e, quem sabe, deixar vocês com vontade de competir novamente. São jogos muitas vezes desconhecidos, com mecânicas simples e até inspiradas em outros clássicos. Eles fazem parte de uma antiga lista de jogos que eu tinha feito, com intuito de criar mais eventos futuros. A intenção é que este post acabe gerando outros futuramente, mas tudo vai depender se vocês gostarem da idéia. Com vocês, o especial 5 jogos de arcade para pontuar!


5 - Dragon Unit (Seta, 1989)
Gênero: Plataforma / Aventura
Características:
- a mobilidade do boneco é bem dura;
- existem dois planos de combate, o que pode dificultar em fases adiantadas (aperte para cima para subir);
- os saltos em plataformas são bem irregulares;



Também conhecido como Castle of Dragon e com um visual e mecânicas que lembram muito Astyanax do NES, aqui controlamos um cavaleiro em um cenário de dois planos, tendo que destruir o que vier pela frente, fazendo uso de armas que vão sendo encontradas no cenário. Alguns inimigos derrubam moedas ao serem alvejados, o que ajuda a aumentar seu score, mas não se iluda: apesar da primeira etapa ser relativamente fácil (mesmo em dois planos), na segunda fase a coisa já fica tão complicada que serão poucos os que vão conseguir vencê-la sem gastar fichas e perder seus pontos...

4 - Sand Scorpion (Face, 1992)
Gênero: Shmup / Navinha
Características:
- não tem tiro automático (não dá pra segurar apertado pra atirar);
- não há nenhum tipo de escudo;
- as bombas não limpam a tela toda, mas ajudam bastante;



Navinha é navinha, já dizia o poeta. E Sand Scorpion não é diferente dos outros, atire pra se manter vivo e colete itens pra melhorar seu tiro e não morrer logo. Até onde joguei, Sand Scorpion é um ótimo jogo de navinha, com um visual muito bonito, uma movimentação muito suave mas que pode frustrar muita gente, pois sua dificuldade é bem elevada. Ele me lembrou um pouco a série Raiden e também Truxton, pela quantidade de inimigos brotando inclusive das laterais. Você ainda pode usar bombas pra dar uma limpada em alguma região da tela, mas não existe nenhum tipo de escudo: levou tiro, adeus vida.

3 - Night Slashers (Data East, 1994)
Gênero: Beat'n Up / Briga de Rua
Características:
- tem horas que enche a tela de inimigos e, jogando sozinho, pode te complicar;
- alguns inimigos demoram demais pra morrer;
- combear inimigos é demasiado lento com qualquer personagem, mas poderoso ao mesmo tempo;



Night Slashers, atualmente, figura em várias listas de arcades obscuros pela internet, mas até um tempo atrás, poucos sabiam de sua existência. Vindo das mãos talentosas da Data East, é considerado o "Final Fight com zumbis", pois mescla uma boa jogabilidade e uma dificuldade enorme pra conseguir pontuar bem no jogo. O esquema de pontos é o mais natural possível: perdeu a ficha, adeus score. E como o jogo não dá um descanso sequer pro jogador, aprender a jogar com um dos três personagens é requisito básico para uma pontuação alta.

2 - Mega Twins (Capcom, 1990)
Gênero: Plataforma / Aventura
Características:
- existem baús de tesouro escondidos em todo canto das fases e lugares altos;
- guarde os poderes especiais para os chefes e sub-chefes;
- é muito fácil cair em espinhos e isso tira uma barbaridade de energia;



Conhecido também por Chiki Chiki Boys e tendo uma (ótima) versão para o Mega Drive, aqui controlamos um dos heróis em fases bem coloridas mas, nem por isso, fáceis de se terminar. Aliás, é muito mais fácil você levar um sonoro game over já na tela inicial do que conseguir avançar sem morrer. Como eu disse, o jogo é bem colorido, conta com ótimas músicas e ainda pode se jogar em dupla, mas não espere facilidade nenhuma. Como trata-se de um jogo de plataforma, existem muitos tesouros escondidos nas fases, a maioria deles entregando moedas que valem pontos. Cápsulas de energia, coisa rara no jogo, também podem sair desses baús, portanto, explorar é a chave pra se dar bem no jogo.

1 - Psychic 5 (Jaleco, 1987)
Gênero: Plataforma.
Características: 
- é um autêntico jogo de plataforma vertical;
- acertando a bruxa que aparece no alto, você monta na vassoura dela e pode subir boa parte da estrutura sem correr riscos;
- o jogo é imperdoável, se tocar um inimigo, adeus vida;



Psychic 5 é um jogo da Jaleco que me lembrou outro grande clássico, guardadas as devidas proporções: Elevator Action. Enquanto o clássico da Taito era muito mais cadenciado e dependia de alguma estratégia maior do jogador para avançar, em Psychic 5, não precisamos de elevador, mas é preciso o mesmo cuidado pra não ser alvejado. São diversas torres verticais por onde devemos subir saltando e coletando itens. Os inimigos morrem com marteladas, alguns com uma só, outros com até 3 ou mais. Você pode (e deve) salvar outros personagens pelo caminho, podendo trocar entre eles numa cabine telefônica. Cada um deles tem características próprias (pular mais alto, andar mais rápido, mais força), tudo isso demonstrado numa tela antes do jogo começar. É bem criativo, difícil e divertido.

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