segunda-feira, 26 de abril de 2010

Wild Guns (SNES)


Wild Guns sempre foi uma incógnita em minha vida gamer. No console nunca joguei, mas nos emuladores, era aquele tipo de jogo que eu sempre experimentava por 2 minutos, morria até dizer chega e já tirava. Acontece que Wild Guns é um jogo daquele estilo meio Contra, onde qualquer mísero tiro lhe arranca uma preciosa vida. E nesses tipos de jogos, paciência e planejamento são bastante requeridos. Pois bem, hoje foi o dia de testar por inteiro Wild Guns.



Sendo uma indicação do Matt (OGZ/FTW), Wild Guns me impressionou principalmente pela qualidade gráfica, visto que, apesar das fases serem em sua maioria estáticas, os muitos elementos juntos no cenário não causam nenhum slowdown. E eu falo de MUITOS elementos mesmo, desde tiros pra todo lado até robôs, itens e inimigos andando por todo lado, além das sempre presentes explosões. Wild Guns tem ótimos gráficos, diga-se de passagem.

a dupla dinâmica e Clint moendo um robozão na bala

O "problema" do jogo é justamente ser bastante curto pra quem não tem a mínima paciência. Morrer diversas vezes acaba cansando facilmente. Um motivo simples para evitar isso seria o fato do seu personagem andar atirando, mas conhecendo o jogo, vi que isso não acontece por um motivo mais simples ainda: facilitaria demais a nossa vida. Wild Guns é um jogo de tiro, mas a esquiva aqui tem quase a mesma importância. Muitas vezes me peguei desviando de 2, 3, 4 e até 5 tiros seguidos, sem soltar uma bala sequer de minha arma. É nesses momentos que vemos que os controles e a jogabilidade, como um todo, brilham demais nesse game.

Clint manda bem, mas a mocinha Annie também sabe metralhar

Tudo é bastante caprichado. Desde os gráficos que já mencionei, o mapeamento de botões e até a dificuldade muitas vezes roubada, se unem pra fazer deste um shooter diferente e, bem por isso, único. Não basta sair atirando feito maluco pela tela, em busca de barris ou caixas pra achar novas armas. Os inimigos não dão a mínima trégua. É preciso estar atento à tudo, desde o enorme chefe robótico na sua frente até o mais insignificante caubói escondido na moita, pois ambos são fatais, dadas as devidas proporções. Dito isso, o real motivo de Wild Guns ser difícil não é seus inimigos serem apelões, e sim a pressa do jogador mal acostumado.

Jogamos com Clint ou Annie, ambos estilizados como na época do velho oeste, mas as diferenças acabam aí. Ambos fazem tudo da mesma forma, mas eu preferi jogar com a Annie, não me perguntem o porque. A missão é detonar o mal, como em 90% dos jogos, prendendo os bandidos e seu maquinário, cheios de robôs, máquinas e outros artefatos bélicos, até chegar em seu líder e colocá-lo atrás das grades. É como um Sunset Riders com apenas dois personagens, em terceira pessoa e com alguma tecnologia futurista.

Annie detonando dois robôs e salvando o ouro da cidade

Peguei pra jogar com calma, muitas vezes tentando aprender os comandos, que são muitos mesmo. Seu personagem pode atirar com diversas armas achadas em inimigos, barris ou elementos do cenário, bem como saltar ou esquivar (coisas bem diferentes, principalmente aqui) e até mesmo jogar um laço no inimigo para imobilizá-lo por algum tempo. Esse último é muito eficaz nos sub-chefes, geralmente um único inimigo que atira pra valer. Outro botão joga a famosa bomba salvadora, o botão conhecido como FODA-SE, que limpa a tela e faz um belo estrago em chefes. Claro, é limitado, obrigando o jogador a planejar bem seu uso.

Um dos comandos que pedi ajuda ao Matt pra aprender foi o golpe melee, mais conhecido como corpo-a-corpo. Em algumas etapas, inimigos surgem bem de frente, doidos pra afiar suas facas no bucho de Clint ou Annie. O único meio de mandá-los pro inferno é parar de atirar e apertar o botão de tiro próximo à eles, aí seu personagem acerte-o com a coronha da arma mandando o maldito pra longe. É um comando complicado de se dominar de início, visto que o jogo é frenético, mas é extremamente necessário, haja visto que os inimigos que surgem ali não somem até serem acertados. E no último chefe esse comando é imprescindível.

Wild Guns tem efeitos sonoros e músicas maravilhosos. Tantas explosões e tiros não atrapalham a escuta da bela OST, cuja qual já vou procurar pra baixar, um verdadeiro capricho.

o jogo tem muitas máquinas, mas o último chefe é esse carinha ae

Se fosse pra criticar algo no jogo, eu talvez criticaria a falta de variedade nas telas. Algumas são bem parecidas com outras. Claro, todas são no velho oeste, o que eu estou querendo? Mas se tivesse alguma coisa à mais, algo como elementos de plataforma, sei lá, poderia variar um pouco o atira e esquiva do jogo. É, talvez eu esteja ficando velho mesmo...

No final das contas, com um pouco de paciência, descobri um jogo bem agradável, coisa que normalmente deixaria pra trás se pegasse pra jogar de saco cheio.

Nota: 9.0

7 comentários:

  1. Deu mole, esse ae eu tive as manhas de zerar no Snes mesmo, eu TINHA esse cartucho!!!! HAHAHAHAHA. O jogo não é fácil mesmo não, mas pra quem já zerou Sunset Riders, vai de letra! :D

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  2. Esse jogo é fantástico, termino ele sem perder uma vida sequer! Fiz até um video do gameplay no hard sem morrer e postei no meu youtube. ^^

    Eu só jogo com a Annie, acho que ela é mais ágil e isso ajuda na hora de esquivar da chuva de tiros, Clint é meio pesadão e - por ser maior - parece ser um alvo mais fácil.

    Tudo nesse game me agrada, gráficos, trilha sonora, o ambiente velho-oeste-futurista, os buracos que ficam nas paredes, os itens escondidos pelo cenário, os chefes, o salto duplo e, é claro, a awesome and powerful V-GUN! :D

    Ah sim, isso você não citou na resenha, atirando nos tiros dos inimigos, você neutraliza eles e ainda acumula energia em uma barra verde ali abaixo do placar, enchendo a barra você fica temporariamente invencível e com uma arma super poderosa, a V-GUN

    Amplexos!

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  3. Não conhecia não, mas realmente me lembrou muito Sunset Riders, que eu curtia muito! Taí, vou experimentar e ver qual é.

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  4. um dos jogos que me fez pedir penico, tá ao lado do actriser2

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  5. @Psycrow @Matt
    Vcs são mitos por zerar isso no SNES..... bom, naquela época eu fazia milagres no Mega tbm, tempos bons

    @Leo S
    Pode experimentar que eu garanto que o jogo é bom!

    @9voltclub
    actraiser 2 é apelação sem fim, qualquer dia eu posto ele aqui

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  6. @Cosmão, um golpe que faltou te ensinarem é o LAÇO!!!!

    Vc fica apertando o botao de tiro (tipo dando tap tap tap tap) e o heroi fodástico usa o laço de caubói pra paralizar os inimigos, inclusive Boss.

    AE fica fácil fritar uns miolos! uheuhehuehu

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  7. Sempre vi esse jogo na locadora perto de casa mas nunca aluguei .Mas vendo aqui o seu post vou dar uma chance baixar ele pra ver como é .

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