segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Bionic Commando (NES)


Bionic Commando sempre figurou entre os jogos que eu experimentava e desistia logo em seguida. Aposto que muitos de vocês também faziam isso e provavelmente tem até uma listinha desses jogos. Acontece que em Bionic Commando é muito fácil morrer por dois motivos: o primeiro é que qualquer tiro ou inimigo pode te matar na hora, bastando encostar neles. O segundo é que seu personagem não pula, o que dificulta e muito em uma fuga desesperada. Mesmo com esses empecilhos, resolvi experimentar o game e mostrar pra vocês do que ele é feito realmente.


A Capcom foi muito feliz E infeliz criando a jogabilidade desse jogo: pra tudo praticamente seu boneco é dependente do braço biônico que se estica e gruda em praticamente qualquer superfície. Usando isso, é possível subir em locais, atravessar buracos, fossos, escalar paredes, etc. Além disso seu personagem é armado com uma espécie de arma que lembra muito uma bazuca. A parte infeliz é que a dependência dessa mecânica acaba limitando muito seus movimentos. É preciso ser criativo, mas junte isso com controles meio difíceis de aprender de momento e temos uma penca de jogadores desistindo com cinco minutos de jogo (eu incluso).

se pendurar faz parte do jogo INTEIRO, assim como atirar também

A parte gráfica do jogo é bem competente, ambientes variados, movimentação adequada, uma física simplória e eficaz nos movimentos do braço biônico e uma paleta de cores decente, um trabalho comum da Capcom no console. O som também é bacana, uma trilha simples e ao mesmo tempo criativa toca à cada fase, no mapa e nos chefes. Efeitos sonoros são escassos, passando de tiros ao pequeno SFX de morte, tiros inimigos e algumas explosões.

em todas as fases é preciso destruir um computador central como esse
ao lado, uma das mensagens dos soldados que dão dicas durante o jogo

O detalhe do jogo está na história. Encarnamos o capitão Spencer, enviado em uma missão especial para resgatar um soldado chamado JOE, que sabe onde está localizada uma arma de destruição em massa. Em vários momentos nos deparamos com terminais de contato, onde recebemos ordens, dicas e advertências sobre locais perigosos ou não, além de poder interceptar a comunicação inimiga e conseguir informações valiosas com isso.

às vezes, subir em uma plataforma pode dar um certo trabalho 
e exigir uma certa precisão ao jogar o braço biônico no local certo, 
em outras vezes, o braço é bastante útil até para atacar inimigos e se proteger ao mesmo tempo

O progresso no mapa é diferente dos outros jogos, vamos seguindo por pistas, geralmente tentando seguir o caminho óbvio, já que as áreas são numeradas. Em algumas partes os inimigos estão de prontidão, não sendo possível evitar um confronto direto. Nessas horas o jogo muda pra uma visão aérea, seu boneco é visto de cima e precisa avançar até a saída matando os soldados pelo caminho. Em outros lugares do mapa, geralmente em vermelho, encontramos bases de aliados, onde conseguimos informações, itens importantes e até armamentos novos.

O jogo tem chefes, geralmente homens armados inicialmente, mas com robôs e até canhões móveis nas fases avançadas. O objetivo quase sempre é destruir algum computador central. À cada término de fase se ganha algum item que pode ser usado na fase seguinte, similar à Megaman. São canhões diferentes, itens de cura, novos tipos de comunicadores, etc, tudo para auxiliar o jogador.

A energia de Spencer é medida por pontos verdes no alto da tela, quanto mais pílulas verdes são coletadas, mais ele aumenta e te dá chances de continuar no jogo após levar algum tirou ou cair em espinhos.

O jogo acaba sendo divertido apenas depois de se pegar a manha de usar o braço biônico. É possível atravessar fases inteiras apenas se pendurando em plataformas e matando um ou outro guarda no caminho. Nesse ponto mora a criatividade da Capcom. Ao morrer nesse percurso por tocar algum inimigo enquanto balançava, reside o erro da produtora, pois deveria ter calibrado melhor os controles, que necessitam de precisão nos movimentos, já que o pulo não existe aqui.

na região pantanosa, é preciso ser certeiro para atravessar a areia movediça
ja na tela ao lado, atravessar esses espinhos fica fácil depois de um treino

Mas em nenhum momento isso tira o brilho do jogo, que, no fim das contas, é bem satisfatório. Tanto é que a Capcom revitalizou a franquia, lançou uma versão nova para X360 e PS3 e outra versão em 2D para PCs e nas redes do X360 e PS3, denominada Bionic Commando Rearmed. Recomendado!

Resumão:
+ uma jogabilidade original é sempre bem vinda;
+ gráficos legais;
- morrer por conta dos controles duros;

Final Score: 7.5

6 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. Ótimo post, embora odeie o sistema de notas para jogos, enfim, opinião pessoal.

    Achei estranho não ter falado da versão Top Secret, onde as censuras nazistas NÃO são retiradas.

    ResponderExcluir
  3. @Lobim
    Estou pensando seriamente em tirar o sistema de notas em futuras análises.
    Sobre a versão Top Secret, desconhecia totalmente, vou procurar saber. Valeu a dica.

    ResponderExcluir
  4. Gosto muito desse jogo, vez ou outra paro para joga-lo, mas nunca peguei a sério!hahahah!
    E os controles até que não me incomodoram não ou deve ser por que não persisti muito!rsrs

    Excelente analise Cosmão! ;)

    ResponderExcluir
  5. Comprei uma fita dessa com caixa e suporte com logo da nintendo vcs tem ideia do valor de uma nessas condiçoes

    ResponderExcluir