sábado, 5 de março de 2011

Battle Kid: Fortress of Peril (NES)



Quando eu presencio o nascimento de um jogo como Battle Kid nos tempos de hoje, só posso afirmar que a época dos jogos de ouro foi realmente os 8 e até mesmo os 16 bits. Um jogo sem pretensões, sem gráficos de última geração, sem linhas enormes de texto, sem vozes dubladas, ou seja: o jogo na forma mais pura de ser. Um jogo pra se divertir, pra entreter e pra te desafiar. Isso é Battle Kid, isso é NES e isso representa os 8 bits com honras.

Mas não vamos falar apenas da importância de um lançamento desses em plenos 2011 (ou 2010, que seja), vamos falar do jogo em si. Battle Kid: Fortress of Peril é um game de plataforma na mais pura concepção da palavra: você salta e atira, SÓ! Ao longo do game, encontramos alguns power-ups no melhor estilo Metroid, que nos concedem poderes como saltar mais alto, um tiro carregado, vôo concentrado, etc. Mas sua essência é a de um game de plataforma 2D puro. 
Sendo pra NES, Battle Kid faz um bom uso do hardware velhinho do 8 bits da Nintendo, apresentando gráficos ótimos, uma boa e seleta trilha sonora e uma movimentação convincente do personagem principal.

Timmy observando a movimentação das bolas coloridas antes de cair
ao lado, o primeiro power-up do jogo, um super pulo pra ajudar a subir pelas paredes altas

A história do jogo é simples: impedir que um grupo de inimigos consiga levar adiante os planos de desenvolver um super robô capaz de destruir planetas inteiros. Para isso, os caras tomaram conta de uma fortaleza cheia de armadilhas e lá fizeram seu campo de concentração. Sabendo do desastre que poderiam causar, os cientistas mais renomados enviaram Timmy até lá para tentar resolver o problema. Timmy segue armado com sua armadura verde e suas luvas mágicas, por onde consegue disparar rajadas lasers.

os famosos "blocos-tuuu" de Megaman dão as caras aqui em uma quantidade ENORME

Apesar de não apresentar scroll lateral nas telas, Battle Kid tem muita inspiração no design das telas. Cada uma apresenta uma dificuldade diferente e uma maneira de ser vencida. Assim que pousa a nave, nosso garoto-batalha precisa arrumar meios de sobreviver ao cenário, enquanto avança e descobre novos equipamentos e armas espalhados em lugares de difícil acesso. O protagonista Timmy é pequenino no cenário, mas tudo foi pensado para ser desafiador, diferente de frustrante. Os pulos saem com precisão cirúrgica, assim como os tiros e todo o resto da mecânica do jogo.

Falando nisso, muitas vezes dependemos de coisas que acontecem no cenário para avançar. Desde hélices que impulsionam o personagem, até blocos que somem e reaparecem, como em Megaman, tudo proporciona uma sensação gostosa de dejavú misturado com nostalgia, além do desafio proposto. Junte isso com músicas bacanas e bons gráficos, e temos um legítimo jogo de NES lançado nos dias atuais. O jogo ainda possui chefes, que estão colocados em lugares estratégicos. Após vencê-los, continuamos o game normalmente, apenas avançando pelo cenário.

as fases são bem diversificadas, indo desde subterrâneos até cenários futuristas e debaixo d'água

Mesmo com todas essas qualidades, Battle Kid não consegue fugir da impressão de que o jogo lembra um joguinho em flash. Talvez pela velocidade do game, jogando na cara do jogador as telas e as possíveis saídas, talvez no personagem, sem uma profundidade de uma Samus, ou até mesmo no estilo do jogo, bastando vencer as telas. A própria tela inicial nos pergunta se queremos jogar com continues ou não, dependendo do modo de jogo. Como não existem vidas, jogar sem continues é EXTREMAMENTE HARDCORE, enquanto o outro modo eu considero o modo normal do jogo. Em muitas situações o jogo lembra muito o I Wanna Be the Guy, jogo indie para PCs feito por um grupo independente.

Uma coisa que viria bem a calhar, até mesmo pela natureza do jogo (as fases são interligadas e são enormes), seria um mapa ao estilo Metroid. Tantas áreas, tantos lugares e passagens fica complicado de se gerenciar após um tempo de jogatina.

o item da chave 1 permite destruir todos os blocos com um [I] dentro, 
devem ser várias delas, pois já encontrei blocos [II] e [III] pelo jogo
ao lado, o segundo chefe, essa coruja robótica cheia de canhões

Apesar dos pesares, o jogo consegue cativar. Quem sabe não são os gráficos defasados e charmosos dos 8 bits, ou as músicas com o chip sonoro do NES, ou até mesmo os inimigos bizarros que lembram em tudo Megaman. Mas alguma coisa nesse game tem o teor dos anos 80, onde bastava ligar o console e se divertir, sem trocentas atualizações, sem menus ou qualquer outra coisa que anule a diversão.

Resumão:
+ gráficos ótimos;
+ uma movimentação convincente;
+ desafiante sem ser frustrante;
- dá a impressão de ser um jogo em flash, logo, não sei dizer se isso é ruim ou bom;

Final Score: 8.5

8 comentários:

  1. O jogo não simplesmente lembra IWBTG - ele é praticamente uma continuação sem as infâmes pegadinhas. Lembro-me de que o criador de IWBTG até patrocinou o projeto.

    Eu tô na parte final do jogo e ele é dificil pra burro. Sem savestates eu não o terminaria, ainda mais porque eu detesto quando personagens morrem numa pancada só. =/

    Alerta: Vêem aquele screenshot alí em cima em que o Timmy pega a Chave 1? Essa tela esconde um segredo...

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  2. @yoritoshi
    Valeu pelas informações Yori, bom saber que existem muitos segredos no game, mesmo em salas sem suspeita de nada.

    Li no site oficial que a segunda versão do jogo logo sai! Ficarei de olho!

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  3. Me interessei pelo jogo, mas joguei e achei bem difícil, hehe. Espero me acostumar com a dificuldade.

    Bela postagem.

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  4. Legal d+. Onde consigo jogar? Tem alguma rom disponível?
    Abraço e parabéns pela postagem.

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  5. Henrique, procure no Google que você consegue a rom. Não sei se pode postar o link aqui :D

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  6. @Henrique

    http://jogosdenes.com.br/ << é possível jogar vários jogos do NES on-line mas infelizmente esse não tá na lista

    @Cosmão
    Jogar SEM CONTINUES? Isso existe? hauhuha. Bons tempos dos jogos 8 bits. Era a "ERA do SEM".

    Sem continue, sem vidas, sem encostar em nada, sem parar, sem manual, sem internet e sem esperança de zerar (hehe)

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  7. nao sabiam que tinham botado a rom completa pela net, só tinha jogado o demo

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  8. jogão!!to gostando pacas!!a versão q tenho tem niveis de dificuldade no easy continue infinito

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