Especial Saudades: Os Jogos que Deveriam Voltar - Parte Final

Sequências desastrosas

Última parte do Especial Saudades! Aqui vou falar um pouco sobre grandes clássicos que tiveram sua sequência mais atual arruinada por completo. Alguns dão até pena de ver o que suas próprias produtoras fizeram, outros chegaram perto do sucesso, ficando devendo em um ou outro ponto. Vamos lá!

Guardian Heroes 

Guardian Heroes Advance

Guardian Heroes foi um marco nos 32 bits, mesmo sendo exclusivo de um console que não foi muito longe. Com um bom número de personagens principais controláveis, aliado à uma arena onde podia se escolher desde heróis, vilões e até civis para o combate. Magias enormes, chefes gigantes e um sistema de jogo que envolvia desde combos à golpes de Street Fighter faziam parte do pacote de Guardian Heroes. Era um jogo praticamente livre de críticas negativas, à não ser por um ou outro slowdown em algumas etapas.

a animalesca versão original do Sega Saturn

Após um bom tempo esquecido, a Treasure resolveu reinventar o jogo e lançar uma semi-sequência, dessa vez para o GBA (sempre ele). O game tinha como personagens principais novos lutadores que, na verdade, pareciam clones entre si, com diferenças apenas nas cores e nos golpes. Claro que os personagens clássicos também voltaram, mas não no modo de história e sim, destraváveis conforme se avançava no jogo.

pelo menos os inimigos e alguns personagens do original estão presentes, o problema mesmo ficou no frame rate e na história, bem inferior à original...

Guardian Heroes do GBA acabou se tornando um game muito distante em termos de qualidade do primeiro jogo. Os gráficos pouco evoluíram, o carisma não existia e os cenários eram pobres. Apesar de possuir bons golpes e fases criativas, o jogo não emplacou e acabou por quase encerrar a história do jogo por ali mesmo. Eu digo quase porque recentemente foi anunciada uma versão HD pra Xbox LIVE do jogo original do Saturn.

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Altered Beast

Guardian of the Realms (GBA) & Project Altered Beast (PS2)

As duas versões, tanto de Master quanto de Mega Drive foram bem aceitas. No Master, tínhamos menos transformação e tudo era mais simplificado, obviamente. Já no Mega, a coisa transcorria quase igualmente aos Arcades, de onde nasceu o jogo. Então veio a Sega e lançou uma versão atualizada para PS2... O jogo em praticamente NADA lembra o jogo antigo. Pra começar, esqueça toda a história do jogo com relação ao enredo, o guerreiro centurião não existe, Zeus não existe e nem mesmo princesa alguma existe. Project Altered Beast (esse é o nome original do jogo) acontece nos tempos atuais, onde modificações genéticas tomam o terreno que um dia foi de magia e misticismo. Não dá pra encarar nem com bom humor, infelizmente.

a versão original e a infame versão para PS2

Além dessa ofensa, mais um jogo saiu para GBA, dessa vez mantendo um pouco o clima dos primeiros jogos, mas com algumas novidades absurdamente fora de contexto. Os gráficos ficaram horríveis, tudo parece ser de massinha (um fato até normal em se tratando de GBA).

Guardian of Realms tem gráficos.... estranhos

Outra coisa são os comandos, mal definidos com os poucos botões do portátil. E pra fechar, o cara se transforma nas coisas mais absurdas como besouros, insetos e outras transformações sem nenhum sentido. É Sega, é melhor deixar Altered Beast no passado...

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Golden Axe

Golden Axe - Beast Rider (PS3 / X360)

Até o terceiro game, dá pra engolir tanto a história quanto as mudanças que vieram com ela. A versão arcade também é muito bacana e já passou pelo blog faz um bom tempo. Mas essa nova versão para X360/PS3/PC não pode ser considerada um jogo da franquia, infelizmente. Batizado de Golden Axe Beast Rider, o único personagem jogável é a Tyris Flare que precisa reaver os pedaços do Golden Axe enquanto enfrenta as tropas enviadas por Death Adder.

repetitivo e monótono, se pelo menos tivessem mais guerreiros pra escolher...

Apesar de manter alguns elementos dos jogos antigos (diferente do Project Altered Beast, por exemplo), o jogo acaba pecando em outros fatores como movimentação tosca, dificuldade exagerada e repetição de cenários e inimigos. Nos jogos antigos também tínhamos tudo isso, mas pelo menos podíamos escolher com quem jogar o jogo inteiro.

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Bomberman

Bomberman - Act: Zero (X360)

perdão do trocadilho, mas com essa capa fica previsível que é uma bomba

No meu Saturn, pude conhecer o melhor jogo da franquia: Saturn Bomberman! Com possibilidades de até 4 pessoas jogarem o modo história e até 10 no modo Battle, Saturn Bomberman me divertiu tanto na época que eu já tinha decorado todas as fases, todas as passagens, todos os chefes e até a letra de abertura... Ah sim, abertura em ANIME, que fique bem claro.

olha aí uma telinha in-game....

Infelizmente, atualmente Bomberman é um sonho distante, ainda mais agora que a Hudson foi comprada pela Konami.... Enfim, se for pra destacar uma sequência desastrosa pro nosso amigo Bomberman, eu poderia citar facilmente aquela horrenda versão para Xbox, a qual tentaram fazer de Bomberman algo sério e adulto... Desnecessário dizer que o Bomberman futurista não colou.

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Flashback

Fade to Black (PS1)

a floresta de Fade to Black, muito diferente da original, não acham?

Flashback teve sua sequência para Playstation, chamada Fade to Black. Na época não era um jogo totalmente ruim, apesar de já apresentar gráficos defasados e controles horríveis. Eu, na época, aprendi a jogar o game na marra, mesmo sem saber que se tratava de uma pseudo-sequência do sucesso dos 16 bits. Ainda controlamos Conrad, mas dessa vez em labirintos 3D em terceira pessoa, geralmente corredores cheios de inimigos robóticos.

Conrad atirando em uma aranha robótica

Esqueça todas as escaladas e saltos que Conrad fazia com frequência no jogo original, aqui o jogador passa a maior parte do tempo atirando em inimigos e resolvendo quebra cabeças com cartões magnéticos e portas coloridas, além de se manter vivo. Claro que a inovação da época era mostrar jogos em 3D, com ambientes detalhados e tudo mais, mas pegar Flashback pra isso foi uma enorme sacanagem com os fãs.

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E assim termina o Especial Saudades: Os Jogos que Deveriam Voltar. Deu um trabalho enorme, tanto na pesquisa quanto à decisão de quais jogos incluir e quais excluir, mas acho que no final a lista ficou bem seleta:

PARTE 1 - Os Quase Mascotes
• Psycho Fox
• Toe Jam & Earl
• Alundra
• Bonk
• Alex Kidd

PARTE 2 - Sequências Sonhadas
• Megaman
• Final Fight
• Phantasy Star
• Road Rash
• Rock'n Roll Racing

PARTE 3 - Morrendo no Auge
• Beyond Oasis
• Battletoads
• Shining Force
• Earthworm Jim
• Joe & Mac

PARTE 4 - Os Mais Esquecidos / 8 bits
• Black Belt
• Choplifter
• Power Blade
• Kenseiden
• Duck Tales

Parte 5 - Os Mais Esquecidos / 16 bits
• Bubsy
• Gunstar Heroes
• Comix Zone
• Bonanza Bros
• Spot Goes to Hollywood

Parte 6 - Sequências Sonhadas parte 2
• Ristar
• Shinobi
• Blackthorn
• Kid Chameleon
• The Lost Vikings

PARTE FINAL - Sequências Desastrosas
• Guardian Heroes
• Altered Beast
• Golden Axe
• Bomberman
• Flashback