domingo, 18 de dezembro de 2011

Warrior Blade: Rastan Saga Episode III


Todo mundo que jogou Rastan sabe de sua temática, personagens e minúcias do jogo. Quem tinha Master System na época, fatalmente já alugou o jogo, que acabou fazendo um relativo sucesso no 8 bits da Nintendo. Diferente disso, a segunda versão, para Mega Drive (e Arcades, tal qual a primeira), não fez todo o sucesso esperado, sendo um jogo bem mediano principalmente se comparado ao anterior. Então veio a Taito e fez o terceiro jogo, mudando quase por completo sua estrutura inicial...

E, se querem saber, o jogo ficou muito bom, principalmente por conta do visual e do próprio Rastan, que está inconfundível no game. Pra quem nunca ouviu falar, hoje vou comentar um pouco sobre Warrior Blade Rastan Saga Episode III, o quase desconhecido terceiro e último episódio da saga do guerreiro "clone" de Conan.


O terceiro jogo de Rastan mudou completamente o que tinha sido feito no primeiro e segundo. Agora a coisa descambou pro beat'n up no melhor estilo Golden Axe, inclusive com mais dois personagens para se escolher: Dewey, o menorzinho armado com duas adagas e que ataca rapidamente e Sophia, a mulher guerreira que usa um chicote e lembra muito Tyris, de Golden Axe. A comparação com o clássico da Sega é inevitável, pois ambos são muito parecidos em diversas coisas, mas não em tudo...

Rastan picotando o jardim

A história, por cima, gira em torno de recuperar alguns artefatos que foram surrupiados por vários inimigos, cada um em um local no mapa. Falando em mapa, agora podemos escolher por onde começar e como continuar a aventura, sendo que existem 4 lugares principais no jogo. Cada etapa consistem em umas 2 ou 3 fases, inclusive com sub-chefes no meio delas.

a subida pela torre é no lombo de um dragão, enquanto inimigos tentam te derrubar

Graficamente o jogo é SHOW de bola! Cenários maneiros, personagens enormes, inimigos variados e enormes, magias bonitas e um level design bem diferente e criativo. Em muitas fases somos convidados à fazer coisas diferentes da maioria dos beat'n ups, como voar em dragões, descer montanhas, correr com cavalos e etc, dando uma variedade muito bem vinda ao gênero.

espada de fogo fazendo churrasco de lagarto

O som também ficou muito legal, com vozes pra todo canto, gritos e berros bem definidos. A música é aquele arroz com feijão de jogos assim, temas medievais, muita sinfonia e músicas mais pesadas para chefes. Tanto Rastan como o resto da trupe (e dos inimigos) possuem berros diversos, assim como espadas, escudos e magias.

Sophia torrando um índio com o chicote elétrico

Sendo um beat'n up, não há segredo: basta seguir batendo em todo mundo enquanto coleta diversos itens, sendo que a maioria deles são tesouros que, no final de cada fase, são somados e dão energia pra prosseguir na próxima etapa. Alguns itens, no entanto, dão magias pras armas, como raios, fogo ou gelo, enquanto outros ainda aumentam defesa, recuperam energia e até algumas armas diferentes estão presentes (contei duas pra cada personagem). Cada um dos três personagens tem um ataque próprio que se espalha pela tela, mas nada tão vislumbrante quanto o Golden Axe Revenge, já resenhado por aqui! Vale lembrar que tal movimento gasta energia, portanto, seu uso deve ser controlado e nas horas mais difícieis.

Dewey enfrentando a Tetra Hydra no pântano

A dificuldade não é alta, o que é raro de se ver em jogos assim. Rastan 1 de Arcade, por exemplo, tem uma dificuldade altíssima, é fácil morrer logo nas primeiras fases. Nesse terceiro episódio, entretanto, não é raro chegar na segunda parte do mapa sem ter morrido nenhuma vida, visto que os inimigos morrem com certa facilidade.

esse é um mago que encontramos em fases adiantadas, 
basta dar um toque nele pra que ele congele os inimigos na tela toda

O estilo mudou, o visual mudou, mas Rastan ainda continua da mesmíssima forma: avance matando inimigos, destrua o chefe e passe de fase. A mudança feita pela Taito foi bem acertada, deu novos ares pra uma franquia que estava fadada ao buraco, principalmente pelo segundo game. A Taito acabou encerrando com chave de ouro a saga do herói que um dia fez todo mundo pensar que estava controlando Conan.

a luta sobre cavalos e a descida da montanha, onde buracos e pedras aparecem toda hora

Resumão: 
+ gráficos muito bonitos até pros dias de hoje;
+ variedade de cenários;
- o jogo é curto;

Final Score: 8

8 comentários:

  1. Não conhecia e curti. Admito que quando vi a primeira foto achei que era Golden Axe. Cosmão, você não vai parti do Meme não?

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  2. Estou reunindo material Guilherme, nessa semana devo postar alguma coisa sobre isso sim, podexá ^^

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  3. Joguei muito este título em 2010. A Taito acertou na ambientação do jogo, dando-lhe um clima de fantasia medieval crua e insidiosa, como um conto do Conan.
    Também achei interessantes as passagens entre as fases, com textos narrativos sobre a jornada dos heróis e a invocação do Mago: o que ele fala para conjurar seus feitiços tem até um certo lirismo típico da literatura do gênero (RPG).
    Bom artigo!

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  4. Caramba está totalmente novo o jogo joguei só a primeira versão de Mega mas nem dúvidava que tinha um terceiro jogo .

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  5. um clone do Golden Axe, só que esse parece ser mais detalhado em gráficos. vou até conferir aqui e comparar com o Golden Axe 3 que já tenho baixado

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  6. Esse jogo é pra qual plataforma ? Parece muito bom ... quero jogar rsrs.

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  7. Que jogo lindo, puta merda. E pensar que nenhum jogo do Conan presta, mas ele tem clones tão bons... O destino foi cruel com o bárbaro :D

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