sábado, 14 de janeiro de 2012

Battle of Olympus (NES)


É hora de definitivamente começar 2012! Após algumas mudanças no blog, inclusão e retirada de coisas inúteis, nada mais correto do que iniciar tudo com um review de um bom jogo, como é o caso de pouco comentado Battle of Olympus. Hoje pude entender o porque de poucas pessoas se aventurarem nesse game, a dificuldade é bem elevada...

Existem jogos que, pra quem convive com emuladores e roms, raramente são jogados ou experimentados além de alguns minutos. Geralmente eu testo os jogos, acabo jogando o que mais me agrada e os outros vão ficando encostados em algum canto do HD. Com Battle of Olympus foi assim, baixei na época por ser plataforma e todo mundo falar bem, pois mistura um pouco do gênero RPG com ação. Mas, devido à dificuldade dos jogos 8 bits, é mais fácil deixar de lado pra jogar os mais badalados do que realmente se empenhar e descobrir um tesouro ou outro escondido na pilha de roms.


Enfim, Battle of Olympus não é exatamente um tesouro, mas é um ótimo jogo, o qual faz jus à sua fama, mesmo que underground. O game é difícil pacas, reúne elementos de RPG como conversas e ainda mistura tudo com muita exploração de cenários. Apesar de muitas qualidades, ele também tem seus sérios defeitos e é nisso que vou me aprofundar um pouco mais nesse review.


Battle of Olympus conta a história de Orpheu na sua jornada para salvar Helene, que foi envenenada e tomada por Hades como esposa. Na verdade, o jogo te obriga a escolher um nome pro herói e pra heroína logo no começo do game, mas, pesquisando, descobri se tratar da história de Orpheu. Pois então temos um guerreiro que vai salvar sua amada contando com a ajuda de diversos deuses e guerreiros famosos da mitologia grega.

o mapinha do jogo e o diálogo inicial com um tradicional velhote dos RPGs

Orpheus inicia sua aventura em Arcadia, mas passará por diversas cidades, todas interligadas por caminhos únicos, que muitas vezes acabam confundindo mais do que ajudando. Não existe seleção de cidades no mapa, você precisa atravessar cada uma delas pra poder entrar na escolhida. Junte isso ao fato dos inimigos voltarem à todo instante e talvez a tarefa de salvar Helene seja algo que não valha tanto a pena....

Sendo um game puramente de plataforma, a ação é focada nos combates e saltos. Começamos com um pedaço de pau como arma, que serve basicamente pra destruir os inimigos iniciais e determinar o rumo da aventura. Uma coisa eu posso garantir: quem se arriscar não vai achar facilidade nenhuma nesse jogo! O simples fato de encontrar o escudo de Athena pra rebater flechas inimigas se resume em uma tarefa ingrata de atravessar uma dungeon inteira com um pedaço de pau quase inútil nas mãos. Além disso, esqueça INNs no game, sua energia só será reposta se encontrar nos inimigos abatidos.

a cidade de Attica e Athena me entregando o escudo, primeiro item do jogo

Acertar os inimigos talvez seja a maior dificuldade aqui. A maioria pula, corre e vem pra cima de você de formas tão randômicas que muitas vezes Orpheu fica parecendo bolinha de ping pong rebatendo na tela. Se por acaso perder toda a energia, terá que usar um continue que gasta aquelas bolinhas vermelhas que, felizmente, dropam com certa facilidade dos inimigos.

Mais adiante no jogo, é possível achar um cajado que solta fogo e até espadas melhores, bem como a habilidade de saltar mais alto ou de grudar no teto da tela. Zeus, Prometheus, Athena, Hermes e toda a cambada de deuses e semi-deuses da época dão as caras aqui e ajudam como podem Orpheu. Eu diria que em termos de história, o jogador está bem servido, principalmente se gostar dessa mitologia.

usando o Staff of Fire e enfrentando um boss no lago venenoso.... 
sim, dá um enorme trabalho acabar com essa lagartixa roxa gigante...

A música do jogo não é ruim, mas cansa demais, principalmente pela demora ao atravessar alguma tela devido à quantidade de inimigos. A música de Arcadia, por exemplo, agrada no começo mas logo ela mais te irrita do que qualquer coisa. O mesmo vale pra outras cidades, como Attica a Grécia. Os efeitos sonoros são o básico do básico, com poucas inovações.

grécia foi possuída por um zoológico do mal, com águias assassinas e macacos raivosos

No final das contas, Battle of Olympus é um jogo bacana, de dificuldade elevadíssima e que pede MUITA paciência caso deseje avançar. Sério, no começo eu quase desisti, pois são tantos NPCs dando dicas de itens escondidos que eu achei que jamais fosse encontrar alguma coisa. Cada casinha tem um NPC pronto pra te dizer coisas como "se eu fosse você, dava uma explorada no alto das árvores", ou "ouvi dizer que um monstro lendário guarda um importante item em Attica". Aconselho quem for pegar pra jogar a sério anotar as dicas, pois podem ser a diferença entre avançar ou ganhar uma enxaqueca no final.

+ gráficos bonitos, boa movimentação;
+ a historinha é bem contada;
- curva de aprendizado acentuada;
- músicas enjoativas;

Final Score: 7.5

7 comentários:

  1. Me lembrou vagamente Zelda II (Nes).

    Cosmão gostei do novo banner, a homenagem a Golvellius ficou ótima!

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  2. @Marcel
    Lembra sim, tanto em design quanto em dificuldade, o jogo é difícil pra burro, mas Zelda parece ter uma curva de aprendizado melhor.

    O banner foi feito pelo Matt da OldGamesFTW, manja tudo de montagens hehehe! Fazia tempo que eu queria algo sobre o Golvellius no blog, afinal, é meu jogo favorito do Master!

    @Leandro
    Acho que Kenseiden é mais fácil ainda, mas ele lembra um pouco por conta do mapa. Entre os dois, óbviamente gosto mais do Kenseiden!

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  3. Ficou demais o blog Cosmão curti pra caramba esse novo visual e vendo esse jogo do Nes lembra muito mesmo o Zelda 2 que cheguei a jogar muito pouco por causa da sua dificuldade também mas ele até que tem bons gráficos ne´.

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  4. Show de bola Cosmão, não conhecia essa pérola.

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  5. Eitah, Battle of Olympus foi um dos (poucos) jogos que falei, na época do Fotolog do Cosmão! A música dos santuários é inesquecível...

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