quinta-feira, 12 de junho de 2014
Sub-Terrania (Mega Drive)
Faz tempo que eu não falo sobre o Mega Drive por aqui, hein? Lembrado pelo leitor Ivo Campos, que deixou uma lista de jogos que gostaria de ver aqui no blog, resolvi pegar um dos games pra falar um pouco sobre o mesmo. O jogo em questão é um daqueles jogos que, assim que você descobre os emuladores, testa e acaba passando batido. Sub-Terrania é assim, um jogo, acima de tudo, difícil.
A missão principal em Sub-Terrania, como o próprio nome diz, é explorar os subterrâneos de uma colônia invadida por aliens, recuperando itens, peças para o pod que controlamos e resgatando pessoas, além de destruir a ameaça alienígena. Antes de cada fase, é dado ao jogador as missões a serem cumpridas. Geralmente coletar os sub-módulos, salvar alguns cientistas ou destruir alguma coiso do cenário ou aliens.
Apesar de parecer, nas palavras, um jogo comum de tiro/missões, Sub-Terrania mostra todo seu diferencial quando se começa a jogar pra valer.
Controlar seu pod (ou nave, pra quem preferir) é um martírio. A direção do jogo optou por transformar o game num shooter multidirecional, o que significa que a sua nave pode atirar pra qualquer direção, seja diagonal ou não. Nisso temos um botão pra atirar, os direcionais para rotacionar a nave e outro botão para ACELERAR a mesma na direção que ela estiver apontando. Acostumar-se com isso vai ser a primeira coisa com a qual você deve se preocupar, pois disso depende sua sobrevivência no jogo.
no início é natural a pergunta: pra onde devo ir?
mas se você prestou atenção ao briefing antes da fase, a coisa já facilita
A nave possui, naturalmente, uma barra de energia medida pelo escudo da mesma. No rodapé da tela estão as vidas disponíveis (símbolo branco da nave) e, nessa mesma marcação, seu escudo. Conforme você ENCOSTA em paredes ou leva chumbo, o símbolo da sua vida vai ficando vermelho, indicando que seu escudo vai indo pro saco. Perdeu todo o escudo, adeus vida. E, acreditem, uma simples enroscada na parede te leva uma vida num piscar de olhos. E sim, enroscar em paredes ou estruturas nesse jogo é mais comum do que se pensa...
Além da preocupação com seu escudo (ele, ao menos, se repõe com o tempo se você ficar sem encostar muito nas coisas), o combustível é o segundo vilão do jogador. Sua nave usa combustível toda vez que você acelera com a mesma. Para repor, é preciso achar um refil no cenário, item esse que é DEVERAS ESCASSO em cada fase. Aí entra o planejamento em executar as ações de acordo com o combustível disponível nas fases. Acelerar nos momentos certos, evitar contato com quase tudo e saber exatamente o que fazer são tarefas em outros jogos que tem suas excessões. Você não morre quase imediatamente se levar um míssil em Desert Strike. Em Sub-Terrania, entretanto, essas características são VITAIS!
o primeiro boss já surge na segunda missão e fica voando pelo cenário
além dele, é preciso, com a maior paciência do mundo, mirar e destruir essa parede para pegar um importante item ali dentro
Do aspecto gráfico, o jogo não faz feio, mas também não faz nenhuma questão de impressionar. Os fundos das fases são simples ao extremo, às vezes tendo apenas um fundo preto no cenário. As estruturas também são simples e até os inimigos são genéricos. Isso não prejudica nem incomoda tanto, já que toda sua atenção vai estar voltada pro gameplay e em como pousar essa porra de nave de forma cautelosa com o último fio de combustível...
a missão de destruir o canhão laser é uma das mais tensas, conseguir angular esse item que estou carregando com o outro para que o laser se auto-destrua é frustrante!
ao lado, o resumo do level 4, fase complicadíssima...
O som é bacana, com músicas básicas, geralmente eletrônicas. Os efeitos sonoros acompanham o pacote e não apresentam nada de tão relevante.
O grande teor de Sub-Terrania está mesmo no seu gameplay truncado e na sua dificuldade que beira o impossível em alguns momentos. Se planejar errado em algum momento mais avançado no jogo, adeus vida, adeus jogatina e pode começar denovo. O jogo não te dá chances, continues ou afins. É possível se achar vidas nos cenários, bem como incrementar seus tiros, evoluir o escudo, etc, mas para explorar as fases é preciso um planejamento extra por conta do combustível escasso.
essa quarta fase é dificil por um elemento: o sub-modulo que você precisa pegar está escondido nas edificações mais abaixo, à esquerda
é preciso destruir tudo para chegar até ele, além de um alien e dois robôs...
o problema, novamente, é controlar o combustível...
No final das contas, players hardcores chorarão sangue para terminar esse jogo aqui. Não indico de forma alguma para aqueles que não tem o mínimo de paciência. Aliás, paciência é um requisito obrigatório para se jogar Sub-Terrania.
Resumão:
+ o planejamento das fases dá um bom toque de estratégia ao jogo;
+ os controles, apesar de diferenciados, são precisos;
- a dificuldade em alguns momentos é frustrante;
- o visual em si ficou bem pobre;
Final Score: 6.5
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Concordo com o Cosmão, é um jogo bem desafiador.
ResponderExcluirEsse jogo é bem difícil hein Cosmão pelo jeito muito desafiador para qualquer jogador das antigas quem diria que existia um game assim no Mega Drive viu.
ResponderExcluir2 anos já sem falar de Mega Drive KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
ResponderExcluirApesar das limitações do som do Mega, acho a trilha sonora bem composta e bonita, e além do lance da dificuldade, piora ainda no hard, que a nave fica indo pra trás sozinha a toda hora. Só não entendi pq você deu 6.5 ao jogo, se no geral você elogiou o jogo, podia ter dado um 7.0 pelo menos rs
Ótima resenha Cosmão!
Até daria 7, mas a raiva que eu passei pra achar essa merda de sub-modulo ENTERRADO na fase e sem NENHUMA indicação me tirou do sério kkkkkk!
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