Nenhum game conseguiu unir puzzles criativos com elementos de plataforma tão unicamente como a série The Lost Vikings. Talvez até existam jogos assim, cujos quais eu talvez nem conheça, mas pelo menos dos mais famosos, não vejo nada no horizonte além dos games dos 3 vikings emburrados.
Neste primeiro jogo, os 3 levavam a vida normalmente, caçando, cuidando de suas esposas e filhos num longínquo tempo remoto no passado. Já na introdução é possível saber as especialidades de cada um deles, onde Erik é o mais rápido e único que pode quebrar paredes e saltar, Baleog pode matar os inimigos com suas flechas ou espadas e Olaf pode bloquear o ataque de inimigos com seu escudo, bem como usá-lo como um paraquedas para não morrer de grandes alturas.
A história gira em torno do sequestro dos três por um ser maléfico de outro planeta chamado Tomator, que provavelmente pretende usá-los como amostras em uma vitrine em seu planeta. Na verdade, os planos do senhor Tomate é caçar espécies raras de todos os planetas e montar um enorme acervo deles em sua sala de visitas.
Pois bem, controlando os 3 vikings, a nossa missão é escapar vivo desse plano diabólico, resolvendo diversos quebra-cabeças e alcançar o EXIT em todas as fases. Com os botões L & R trocamos entre eles à qualquer momento que for necessário, podendo armar emboscadas, resolver puzzles e destruir inimigos mais facilmente. Sendo um game de plataforma, explorar bem as fases acaba sendo primordial para o avanço no jogo.
Sabendo das habilidades únicas dos 3, é natural que Olaf e Baleog fiquem presos em determinadas partes, pois os dois não saltam, cabendo à Erik a tarefa de encontrar alguma caminho para abrir portas ou destruir paredes para livrar seus amigos e assim continuar. Mas isso varia bastante, o que nos obriga a conhecer bem cada personagem e usá-lo da melhor forma possível.
Vale lembrar que é imprescindível chegar com os 3 carinhas vivos no final de cada fase, pois todas elas necessitam das habilidades dos 3 para serem resolvidas. Em um corredor cheio de inimigos atirando, Olaf pode ser bastante útil formando uma barreira enquanto os outros dois escapam pelas escadas próximas. Portanto, nada de matar o gordinho por achar ele um inútil que só atrasa o time, por mais verdade que isso possa ser no mundo real....
muitas alavancas e elevadores para confundir Erik
ARRAM, The Lost Vikings é um jogo bastante criativo. O design de fases é limpo, com alguns itens para serem coletados e com inimigos e parceiros também. Alguns monstros encontrados nos ajudam com dicas de onde encontrar determinados itens, quais caminhos tomar e com quem vamos lidar no próximo corredor ou etapa, além de irem fornecendo informações do enredo. Em adição à isso, principalmente nas primeiras etapas, é normal encontrar placas com um "?", que geralmente explicam alguma coisa e dão alguma informação útil. Geralmente é difícil ficar preso em alguma etapa ou fase, pois o controle dos 3 é bem intuitivo e suas habilidades fluem bem durante o jogo, mas mesmo assim, caso perca algum deles, com o botão START é possível "desistir" e tentar denovo a mesma fase.
Os itens encontrados no jogo variam desde repositores de energia (frutas, etc) até outros ques são usados na própria fase, como bombas, chaves e outros mais variados. Cada um dos 3 vikings pode carregar 4 desses itens, sendo que é possível a troca entre eles também. Isso adiciona mais estratégia ainda, já que é bom deixar itens de repor energia com Erik e Baleog, já que esses não tem como se defender em casos extremos.
Olaf é o mais gordo e ainda assim, é o único que pode planar
na outra tela, o trabalho em equipe é a síntese do jogo
A dificuldade do jogo fica mesmo na hora nos combates, como dois deles não tem como atacar, é bom planejar bem uma investida em algum lugar desconhecido para evitar mortes. Mesmo que os continues sejam infinitos, uma hora acaba cansando morrer sempre no mesmo lugar com o pançudo do Olaf porque o maldito não virou o escudo pra onde devia... Todos os 3 possuem 4 pontos de energia e só morrem na hora caso sejam eletrocutados ou o ataque do inimigo seja muito violento. Tiros e quedas geralmente tiram um ponto de vida, o que acaba facilitando um pouco a vida.
Os gráficos e sons do jogo estão na média. Como se trata de um jogo mais estratégico do que de ação, nesse caso os gráficos não são o top do console, mas são pelo menos competentes. O som eu diria que está no padrão pra esse tipo de jogo, nem tão ruim, nem tão bom, estão na média. Não temos músicas maravilhosas, mas não é nada que faça realmente falta aqui.
aqui vemos Erik em frente à um dos muitos problemas de sua vida
The Lost Vikings marcou toda uma geração gamer que teve a sorte de jogá-lo na época dos 16 bits. O humor do trio de protagonistas é o maior chamariz aqui e é o que mantém o jogador preso ao game, pois as falas entre eles são bem cômicas. Essa primeira versão saiu pra uma penca de consoles, inclusive até o Mega Drive recebeu uma versão com 5 fases exclusivas, que não existem nessa do SNES. A sequência gerada trouxe até novos personagens pra trama, mas isso é assunto pra um outro post.
Eu passei um bom tempo jogando esse game...
ResponderExcluirNão conhecia na época que tinha meu SNES! Só fui conhecer uma versão pra PC na casa de um amigo e depois jogando no emulador.
Muito divertido! (Y)
Popful Mail tem muito desse jogo, como eu suspeitava. É o mesmo esquema de troca de personagens. Um dia ainda dou uma chance a esse daí.
ResponderExcluirÓtima Análise!
Arrasou!
@P.A.
ResponderExcluirEu também não cheguei a jogar essa primeira versão no console, apenas a segunda, que é muito foda também.
@GLStoque
Tenho uma vontade tremenda de jogar esse Popful Mail, outro dia dei uma brincada na versão SEGA CD, mas não fui muito longe.
É o típico game que pede um Retronado caprichado!
Cosmão,
ResponderExcluirA versão para Mega Drive realmente era melhor, com faes extras e trilha sonora original.