domingo, 9 de maio de 2010

The Lost Vikings (SNES)


Nenhum game conseguiu unir puzzles criativos com elementos de plataforma tão unicamente como a série The Lost Vikings. Talvez até existam jogos assim, cujos quais eu talvez nem conheça, mas pelo menos dos mais famosos, não vejo nada no horizonte além dos games dos 3 vikings emburrados.



Neste primeiro jogo, os 3 levavam a vida normalmente, caçando, cuidando de suas esposas e filhos num longínquo tempo remoto no passado. Já na introdução é possível saber as especialidades de cada um deles, onde Erik é o mais rápido e único que pode quebrar paredes e saltar, Baleog pode matar os inimigos com suas flechas ou espadas e Olaf pode bloquear o ataque de inimigos com seu escudo, bem como usá-lo como um paraquedas para não morrer de grandes alturas.

A história gira em torno do sequestro dos três por um ser maléfico de outro planeta chamado Tomator, que provavelmente pretende usá-los como amostras em uma vitrine em seu planeta. Na verdade, os planos do senhor Tomate é caçar espécies raras de todos os planetas e montar um enorme acervo deles em sua sala de visitas.

Pois bem, controlando os 3 vikings, a nossa missão é escapar vivo desse plano diabólico, resolvendo diversos quebra-cabeças e alcançar o EXIT em todas as fases. Com os botões L & R trocamos entre eles à qualquer momento que for necessário, podendo armar emboscadas, resolver puzzles e destruir inimigos mais facilmente. Sendo um game de plataforma, explorar bem as fases acaba sendo primordial para o avanço no jogo.


Sabendo das habilidades únicas dos 3, é natural que Olaf e Baleog fiquem presos em determinadas partes, pois os dois não saltam, cabendo à Erik a tarefa de encontrar alguma caminho para abrir portas ou destruir paredes para livrar seus amigos e assim continuar. Mas isso varia bastante, o que nos obriga a conhecer bem cada personagem e usá-lo da melhor forma possível.

Vale lembrar que é imprescindível chegar com os 3 carinhas vivos no final de cada fase, pois todas elas necessitam das habilidades dos 3 para serem resolvidas. Em um corredor cheio de inimigos atirando, Olaf pode ser bastante útil formando uma barreira enquanto os outros dois escapam pelas escadas próximas. Portanto, nada de matar o gordinho por achar ele um inútil que só atrasa o time, por mais verdade que isso possa ser no mundo real....

muitas alavancas e elevadores para confundir Erik

ARRAM, The Lost Vikings é um jogo bastante criativo. O design de fases é limpo, com alguns itens para serem coletados e com inimigos e parceiros também. Alguns monstros encontrados nos ajudam com dicas de onde encontrar determinados itens, quais caminhos tomar e com quem vamos lidar no próximo corredor ou etapa, além de irem fornecendo informações do enredo. Em adição à isso, principalmente nas primeiras etapas, é normal encontrar placas com um "?", que geralmente explicam alguma coisa e dão alguma informação útil. Geralmente é difícil ficar preso em alguma etapa ou fase, pois o controle dos 3 é bem intuitivo e suas habilidades fluem bem durante o jogo, mas mesmo assim, caso perca algum deles, com o botão START é possível "desistir" e tentar denovo a mesma fase.

Os itens encontrados no jogo variam desde repositores de energia (frutas, etc) até outros ques são usados na própria fase, como bombas, chaves e outros mais variados. Cada um dos 3 vikings pode carregar 4 desses itens, sendo que é possível a troca entre eles também. Isso adiciona mais estratégia ainda, já que é bom deixar itens de repor energia com Erik e Baleog, já que esses não tem como se defender em casos extremos.

Olaf é o mais gordo e ainda assim, é o único que pode planar
na outra tela, o trabalho em equipe é a síntese do jogo

A dificuldade do jogo fica mesmo na hora nos combates, como dois deles não tem como atacar, é bom planejar bem uma investida em algum lugar desconhecido para evitar mortes. Mesmo que os continues sejam infinitos, uma hora acaba cansando morrer sempre no mesmo lugar com o pançudo do Olaf porque o maldito não virou o escudo pra onde devia... Todos os 3 possuem 4 pontos de energia e só morrem na hora caso sejam eletrocutados ou o ataque do inimigo seja muito violento. Tiros e quedas geralmente tiram um ponto de vida, o que acaba facilitando um pouco a vida.

Os gráficos e sons do jogo estão na média. Como se trata de um jogo mais estratégico do que de ação, nesse caso os gráficos não são o top do console, mas são pelo menos competentes. O som eu diria que está no padrão pra esse tipo de jogo, nem tão ruim, nem tão bom, estão na média. Não temos músicas maravilhosas, mas não é nada que faça realmente falta aqui.

aqui vemos Erik em frente à um dos muitos problemas de sua vida

The Lost Vikings marcou toda uma geração gamer que teve a sorte de jogá-lo na época dos 16 bits. O humor do trio de protagonistas é o maior chamariz aqui e é o que mantém o jogador preso ao game, pois as falas entre eles são bem cômicas. Essa primeira versão saiu pra uma penca de consoles, inclusive até o Mega Drive recebeu uma versão com 5 fases exclusivas, que não existem nessa do SNES. A sequência gerada trouxe até novos personagens pra trama, mas isso é assunto pra um outro post.

4 comentários:

  1. Eu passei um bom tempo jogando esse game...

    Não conhecia na época que tinha meu SNES! Só fui conhecer uma versão pra PC na casa de um amigo e depois jogando no emulador.

    Muito divertido! (Y)

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  2. Popful Mail tem muito desse jogo, como eu suspeitava. É o mesmo esquema de troca de personagens. Um dia ainda dou uma chance a esse daí.

    Ótima Análise!
    Arrasou!

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  3. @P.A.
    Eu também não cheguei a jogar essa primeira versão no console, apenas a segunda, que é muito foda também.

    @GLStoque
    Tenho uma vontade tremenda de jogar esse Popful Mail, outro dia dei uma brincada na versão SEGA CD, mas não fui muito longe.
    É o típico game que pede um Retronado caprichado!

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  4. Cosmão,

    A versão para Mega Drive realmente era melhor, com faes extras e trilha sonora original.

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