terça-feira, 20 de outubro de 2009

Fatal Fury

Por: Takara
Ano:
1993
Gênero: Luta
Também para: NEO GEO, Arcade, SNES, PS2 e Virtual Console.
1-2 Jogadores

Houve uma época, no passado, que dividiu os jogadores. Alguns ficaram do lado da SNK, pois preferiam os personagens/jogabilidade mais técnica. Outros, como eu, preferiram a facilidade de aprendizado dos jogos de luta da Capcom. Os anos se passaram e as duas empresas acabaram se unindo num game que põe as duas maiores séries de luta na mesma arena. Mas o que tudo isso tem a ver com o post de hoje ?

Tudo, pois eu nunca consegui ser um fã tão fanático pelos jogos de luta da SNK como era com os jogos de luta da Capcom, pelo simples fato dos comandos saírem com muito mais facilidade nos jogos da Capcom. E no game de hoje não foi diferente...

Com o sobrenome que levaria á uma série que já passa do décimo segundo capítulo, Fatal Fury: The King of Fighters começou sua trajetória nos Arcades e Neo Geos por aí afora. No game, controlamos Terry Bogard, Andy Bogard ou o japonês mestre em Muay Thai, Joe Igarashi.

São somente estes três os selecionáveis no modo de história, e temos que levar um deles ao troféu The King of Fighters, chutando a bunda de meia dúzia de caboclos no meio do trajeto.

Não vou me ater muito á história, mas o real motivo da peleja é vingança pela morte do pai dos irmãos Bogard, Jeff Bogard, que foi assassinado por Geese Howard, o tal que organizou o torneio buscando os melhores lutadores do mundo.

Vale lembrar que em 90% dos jogos de luta, o real motivo da pancadaria é vingança pela morte de algum parente ou da própria mulher/esposa/namorada, culminando na destruição parcial (às vezes total) da cidade toda em prol de uma pessoa que já está morta. Vide Streets of Rage, Double Dragon, Street Fighter, etc...

Mas, enfim, não vamos questionar os valores morais dos personagens, se fosse comigo eu faria a mesma coisa.

Além dos 3 selecionáveis, temos mais 5 que vão aparecendo conforme se vence as lutas:

Duck King: o dançarino das ruas que usa um pato como mascote;
Richard Meyer: capoeirista que vai limpar o chão com a sua cara logo no começo do game;
Tung Fu Rue: velhote estilo Mestre Kame que se transforma num cosplay do Hulk ao ser acertado;
Raiden: lutador wrestler que cospe veneno que representa o Zanguief do jogo;
Michael Max: o boxeador negro que representa o Balrog no jogo;
Geese Howard: dispensa comentários;


Na versão Arcade (e possivelmente NEO GEO), mais 2 deles dão as caras, mas ficaram de fora da versão do Mega por motivos óbvios. São eles Billy Kane (o do bastão) e Hwa Jai, outro lutador de Muay Thai, mas com nome impronunciável. Entretanto, eles aparecem em alguns cenários torcendo (contra) você.


Sobre o aspecto técnico do jogo, uma palavra resume facilmente: travado. Seu personagem anda com uns 3 frames, ataca com uns outros 5 e se defende como poder, pois a CPU vai te humilhar mesmo no easy. Antigamente, nos meus 15 anos, eu ownava facilmente a CPU com glórias, hoje, com quase 30, sinto-me envergonhado de jogar esse game. Talvez a versão NEO-GEO/Arcades seja mais amigável, mas esta de Mega foi projetada para SURRAR o jogador.

Logo na primeira partida, contra Richard Meyer, verás que o chão do cenário é feito de madeira pura usando a própria cara, pois o capoeirista não é fácil de se vencer. Motivo: usa os mais inúmeros golpes com as pernas, impossibilitando o jogador de sequer CHEGAR PERTO dele. Acho que usaram 80% da memória do console nesse oponente, pois não lembro de Duck King ou até mesmo Geese ser tão apelão assim.

Podiam ter liberado mais personagens pra se jogar o single, aí eu ia ensinar bons modos à Richard...
No modo versus o jogo é mais generoso e permite escolher qualquer personagem, inclusive Geese, mas este por meio de um código. É o modo mais divertido, pois não precisa necessariamente ser um saco de pancadas, à menos que seu amigo seja um nerd viciado em jogos da SNK.

Foi nesse modo que descobri que Richard é o melhor do jogo, sem sombra de dúvidas ! Capoeiristas sempre ownam !


Os gráficos do jogo foram sumariamente cortados da versão original, mas ainda estão competentes. Os controles são estranhos, principalmente porque existe dois planos de luta, onde seu personagem sempre vai parar após um levar uma porrada mais forte. Aí ficam os 2 de frente, podendo usar dois ataques pra tentar acertar o oponente (ou ele revidar).

Temos um botão de chute, ou de soco e um pra agarrar, além dos direcionais pra avançar, recuar (defender), pular e executar alguns golpes especiais (que são raros de sair).
Músicas e efeitos sonoros pobres, nada tão bom à ponto de se destacar aqui. Comparando com Street Fighter II então, a surra é imensa...

O jogo é precário pros dias de hoje, ainda mais considerando esta versão pro Mega, mas, na época, era muito bom ver um jogo de Arcades rodando (mesmo que capenga) em nossos Drivos, no conforto de nossas casas.

Prós: cenários bem bacanas /
Contras: comandos duros / dificuldade muito alta /

Nota Final: 5.0



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4 comentários:

  1. Fatal Fury revolucionou malandro.. mas a versão do neo geo e arcade são bem melhores mesmo :P

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  2. A versão no arcade humilha, mas porra vamos ser sinceros, os gráficos ficaram lindos se tratando de Mega Drive...

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  3. Eu joguei mais a versão de Mega,mas ao dos Arcades é bem melhor.

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  4. deveriam fazer o richard meyer estilo os golpes da momoko no kof só que com uma ginga mais massa

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