Flashback

Produtora: Delphine Software
Lançamento: 1993
Gênero: Plataforma
1 Jogador

Por Cosmão

Tenho um caso íntimo com Flash Back. Não no sentido SEXUAL da coisa, não meti no cartucho como o garoto do Dreamcast fez com seu console. É que Flash Back foi o primeiro jogo que vi "rodando" em um Mega Drive, numa falecida locadora, há trocentos anos atrás. E, como todo moleque na época, fiquei doidão com todos aqueles gráficos reais na tela, um homem perdido em uma floresta, saltando, escalando e, eventualmente, atirando em coisas estranhas que o perseguia.

Após escolher meu cartucho de Master System, voltei pra casa mas a imagem daquela floresta nunca me saiu da cabeça...
Tempos depois, já com meu Mega, aluguei o jogo sem saber do que se tratava direito e redescobri essa jóia: um jogo nos moldes de Prince of Persia, mas com muito capricho gráfico e sonoro.

Flash Back conta a história de Conrad, que investigava um plano maléfico de destruição da Terra quando foi descoberto pelos alienígenas. Ele planejam se disfarçar de oficiais do governo e, assim, conseguir tomar conta de todo o planeta. Temendo ser pego, Conrad gravou uma mensagem holográfica em um cubo e enviou-a para um amigo chamado Ian. Seus temores acabam se tornando realidade, os aliens raptam Conrad e apagam sua memória.

 Ao se livrar dos aliens em uma alucinante perseguição, Conrad acaba caindo em uma densa floresta e agora vai precisar usar o cérebro e força física para sair vivo dali e recuperar sua memória perdida.

A história do jogo ilustra muito bem a que veio esse título: inovar. Tanto os gráficos, como sons, jogabilidade e storyline, estão à frente de tudo que fora criado até a presente data, tornando Flash Back um caso único de jogo que une diversão, história e jogabilidade beirando a perfeição.

Conrad tem somente uma arma, mas com balas infinitas. Ele pode correr, saltar, se esgueirar, esconder, rolar e tudo mais que um ser humano é capaz de fazer. Aliás, esse fator real faz com que Conrad morra facilmente ao cair de alturas elevadas ou pisar em pisos eletrocutados ou com elementos fatais.

preparando o ataque ao inimigo e um das armadilhas da floresta

O jogo é bastante longo, todo intercalado com cenas em 3D caprichadíssimas pra época. A abertura é uma das mais emocionantes, mostrando toda a ação do jogo já no início. As músicas são escassas, mas ainda assim combinam muito bem com o jogo, aparecendo nas horas certas.

Na maioria do tempo, o jogador ficará no mais completo silêncio, ouvindo apenas seus tiros ou a locomoção de inimigos pelo cenário. Sempre que surge alguma situação inusitada, uma música toca e o jogador já entende do que se trata.

Os controles de Flash Back são macios, simples de se dominar e raras são as vezes em que deixam o jogador na mão. Mesmo com toda realidade de movimentos, Conrad não é lento em batalha, podendo rolar, atirar e se defender de inimigos com uma ataque melee se necessário for.

Vale dizer que o jogo, se jogado no normal, requer um bom planejamento de ataque para com alguns inimigos, o que aumenta a longevidade e curtição do jogo.

Ao logo do game, são fornecidos passwords cada vez que o jogador avança na trama, o que facilita na hora de continuar a jogar.

Não há muito mais o que ser dito sobre o game, Flash Back é um clássico à parte, um jogo que nasceu à frente de seu tempo e que inovou em muitas coisas. Apesar de ter saído 2 anos após outro grande jogo, Another World (Out of This World) ainda assim é um jogo marcante.

Até hoje é fácil se pegar perdido na floresta ou nas cidades, procurando itens ou tentando passar alguma etapa mais cabeluda do jogo.

Flash Back é o tipo de jogo que, pelo estilo gráfico e sonoro adotado, não envelhecerá nunca.

duas etapas que ilustram a variedade de fases do jogo

Prós: gráficos, movimentação, controles e músicas perfeitos /
Contras: N/A

Nota Final: 10

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