sexta-feira, 23 de outubro de 2009

The Simpsons - Virtual Bart

Produtora: Acclaim
Lançamento: 1994
Gênero: Vários
1 Jogador

Enquanto Bart dava um rolê pela exposição de ciências da escola, se interessou por uma em especial: a realidade virtual. Não pensou duas vezes: entrou na salinha e foi testar a geringonça. Essa é a história de Virtual Bart, joguete baseado no desenho famoso dos Simpsons.

Controlamos Bart em diversas etapas da tal realidade virtual, uma mais bizarra que a outra. Com base nisso, podemos deduzir que o jogo é bom, pois variedade é o que não falta.....o problema aparece quando a variedade supera a criatividade....

Virtual Bart é um jogo que reúne 6 minigames diferentes, todos escolhidos randomicamente:

- a fase da pré história, onde Bart vira um velociraptor e precisa se manter vivo em um ambiente hostil;

- a etapa onde Bart ainda é um bebê e o jogador precisa ter reflexos de ninja para conseguir terminar uma fase estilo ginástica olímpica;


- a fase onde Bart vira um porco e precisa salvar outros porcos e provocar a maior zona na fábrica do Krusty;
- uma em que precisamos jogar tomates em pessoas que passam ao fundo;


- outra que Bart desce por um tubogã aquático e precisa desviar de pessoas e achar o caminho certo;
- a última é uma das mais bacanas, corremos de moto em uma estrada acidentada desviando de galinhas, pedras e dos inimigos que surgem - Bart pode acertá-los com chutes ou arremessar um item que parece com uma bexiga d'água....é uma fase que lembra muito Road Rash e, talvez por isso, a menos ruim de todas;


Explicadas as etapas, vamos falar do jogo em si.

Já viram que o jogo é bem variado, cada fase tem um tipo de jogabilidade diferente, que exige técnicas diferentes, raciocínio diferentes e reflexos. O problema é que o jogo peca em todas elas. Em fases de corrida, é complicado controlar a moto ou o Bart descendo no tubo de água, pois os controles são sensíveis demais.

Em fases de plataforma o pesadelo piora: pular e atacar são tarefas básicas e todo jogo de plataforma que se preze precisa ter controles firmes que não deixam (ou pelo menos tentam não deixar) o jogador na mão, diferente do que acontece aqui. Bart, na fase pré-histórica, pula de forma estranha, o personagem tem uma animação porca e os inimigos e perigos estão em todos os cantos.

E engana-se quem acha que a barra de energia é grande pra compensar isso: ela só faz aumentar o sofrimento do jogador.


Outro problema grave: a falta de objetividade do jogo. Começamos a partida mas não sabemos o que fazer para terminá-la. A fase do porco é uma que dá pra sacar que é preciso ativar alavancas e salvar os bichos ou destruir alguma coisa com mecanismos.

Já a tão falada fase da pré-história, me perdi duas vezes tentando achar a saída e nada de conseguir. A fase do tubo deve ser a mais frustrante: os caminhos são pré-determinados e muitas vezes o jogador acaba dando de frente com um muro, terminando a fase ali, sem saber se terá que repetí-la e por qual caminho seguir então.


Se Virtual Bart é um jogo com muitos defeitos na parte dos controles, não podemos dizer o mesmo dos gráficos. Apesar da animação dos personagens e inimigos ser bem precária, os desenhos são bem feitos, assim como algumas etapas, bem coloridas e que lembram muito o desenho.

As fases de moto e do tubo em especial tem efeitos bem bacanas, apesar das mesmas serem curtas, repetitivas e simples. O som fica na média, nem tão destacante, nem tão descartável.

Se formos considerar como passatempo, Virtual Bart serve muito bem. Mas, para um jogo a ser levado à sério, prepare-se para o stress inevitável...

Prós: gráficos bacanas /
Contras: animação podre / controles medíocres / conjunto de minigames descartáveis no geral /

Nota Final: 3.0

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