terça-feira, 19 de janeiro de 2016
Spyro the Dragon (Playstation)
A Insomniac começou sua trajetória em 1994, quando ainda se chamava Xtreme Games. Fundada por Ted Price, em 1995 ela adotou o nome que permanece até os dias atuais. Seu primeiro jogo foi Disruptor, o qual não se saiu muito bem nas vendas. Em 1998, ela lançou um jogo de plataforma 3D, estilo esse que iria se tornar uma marca registrada do estúdio, dadas algumas excessões futuras. Esse jogo era Spyro the Dragon, um jogo de plataforma 3D do estreante dragãozinho Spyro, para o Playstation.
O game se saiu muito bem nas avaliações da época, principalmente por se tratar de uma franquia estreante em um console que já tinha Crash Bandicoot. Mas, guardadas as devidas ressalvas, os títulos são bem diferentes e Spyro guarda algumas cartas na manga como veremos à seguir.
No jogo controlamos Spyro, um simpático dragão roxo (que no período de desenvolvimento era verde, mas o time de produção resolveu mudar a cor dele por conta da maior parte do cenário ser grama e confundir o jogador) com a missão de salvar 80 dragões que foram transformados em cristais. Claro, esse objetivo principal se mistura com outros pormenores, que funcionam como os colecionáveis do jogo, mas que, em tese, precisam ser achados e completos para que o jogo tenha prosseguimento.
Os controles sobre Spyro são relativamente simples, mas, como se trata de um dos primeiros jogos em ambientes 3D para o Playstation, espere ter alguma dificuldade aqui, principalmente com a câmera. O game te dá como opções o R2 e L2 para poder girar a câmera e rotacioná-la, além de um botão para entrar num modo de primeira pessoa e vasculhar o cenário detalhadamente. Apesar disso, R1 e L1 ficam renegados à botões que fazem Spyro rolar para os lados, um movimento praticamente inútil e que pode, inclusive, causar mortes irritantes, já que todas as fases possuem abismos por todos os lados.
A maioria dos jogos da Insomniac (pra não dizer todos) vem abarrotados de colecionáveis a serem achados, inclusive Spyro, que não é diferente. Em cada mundo do jogo existe um número de fases (4 ou 5), sendo que, em quase todas elas, há uma quantidade fixa de safiras (ou gemas, ou diamantes, jóias, como quiser chamar) para serem achadas, um valor que varia de fase pra fase, girando em torno de 300 a 500 pedras preciosas. A cor de cada safira representa a quantia da mesma, sendo que a vermelha vale apenas um, a azul, que vale 5, a amarela que vale 10 e a roxa, que contabiliza 25. Desnecessário dizer que safiras roxas geralmente estão trancadas em cofres ou com inimigos poderosos. Sim, todos os inimigos, ao serem abatidos pela primeira vez, soltam uma safira. Se forem mortos uma segunda vez, eles liberam um orb cinza que, ao se juntar uma certa quantia, garante uma vida extra à Spyro.
Além das safiras, alguns ovos estão escondidos em algumas fases, sendo 12 no total. Eles estão em posse de um inimigo que sempre sai correndo, obrigando o jogador a correr atrás dele para pegar o ovo. A brincadeira termina quando se consegue esbarrar nele ou soltar um bafo flamejante. Geralmente, nota-se a presença desse inimigo com o ovo por uma risadinha do mesmo, já que ele sempre está em alguma plataforma ou lugar escondido na fase. Para conseguir mudar de mundo, é preciso entregar ao baloeiro uma certa quantidade de dragões salvos ou de safiras. Só por esse fato você já consegue ter uma vaga idéia de como funcionam as coisas no game: coletar, coletar e coletar!
As únicas fases onde não temos esse monte de coisas para serem pegas é nas fases onde Spyro voa livremente. Mas estas também são consideradas algumas das mais difíceis etapas do jogo inteiro. Os objetivos são passar por anéis, arcos e destruir alguns objetos e inimigos no cenário, tudo com tempo contado. Geralmente, terminar essas fases garante 300 jóias ao total.
Mas Spyro não é só isso. Na verdade, ele tem um level design muito bem feito. As fases iniciais são mais simples, com muitas das safiras visíveis e fáceis de se achar. Conforme avançamos nos mundos, é notável o esforço dos produtores em deixar tudo mais escondido, dependendo de saltos difíceis e do faro do jogador em procurar em cada cantinho. Em muitas fases avançadas é uma questão de paciência para achar aquelas últimas 10 safiras perdidas ou aquele ovo faltante. Os dragões, entretanto, geralmente estão no caminho do personagem, não representando muita dificuldade para encontrá-los.
De fato, muito da dificuldade de Spyro vem de dois pontos distintos: os inimigos e completar 100% em cada fase. Todos os inimigos iniciais são mortos de duas maneiras: alguns com a labareda de fogo ou com cabeçadas.
Spyro possui um companheiro chamado Sparx, uma libélula que, além de ir pegando as jóias mais próximas do dragãozinho (o que é uma mão na roda), serve como a "barra de vida" do personagem: Sparx muda de cor conforme levamos pancada dos inimigos, sendo que a cor verde é a última antes dele partir. Sem Sparx, mais uma cacetada e perdemos a vida.
Sparx pode se regenerar comendo borboletas que brotam dos animais inofensivos que estão espalhados pelas fases. Cada fase tem um diferente, mas, no geral, todos são bem fáceis de serem achados, pois a maioria corre de medo do Spyro.
Mais adiante no jogo, novos inimigos são introduzidos, que só são destruídos mediante um terceiro tipo de ataque, como a corrida turbo ou a labareda flamejante. Esse tipo de dificuldade crescente é muito bem introduzida no jogo, não o tornando em nenhum momento frustrante. A quantidade de vidas que pode ser acumulada ajuda bastante também, além da opção de salvar o jogo a cada dragão salvo. Os animais que dão mais energia ao Sparx brotam de tempos em tempos, então, se estiver sem o seu companheiro, basta dar uma caminhada na região para encontrar alguma fonte por perto.
O som do jogo se resume em muitas vozes, tanto dos dragões salvos quanto de Spyro. Além delas, efeitos sonoros estão espalhados por todos os cantos, alguns deles tão característicos que foram mantidos em praticamente todos os jogos da série. As músicas são agradáveis e simples, todas combinando bastante com a proposta do jogo e não cansando o jogador na exaustiva busca pelos 100% em cada fase. Uma curiosidade: a música do jogo todo foi composta e produzida por Stewart Copeland, baterista do lendário The Police.
No final das contas, o primeiro jogo do dragãozinho roxo da Insomniac veio realmente pra ficar, introduzindo não só um personagem marcante, mas todo um universo de pequenos detalhes únicos nessa franquia. O game pode ser meio repetitivo às vezes, não oferecendo muita variedade no gameplay, mas seu level design consegue segurar o jogador que gosta de explorar os cenários em busca de tudo. Spyro ainda rendeu mais duas continuações no Playstation, além de inúmeras outras em consoles, durando até os dias atuais.
Resumão:
+ visual agradável;
+ músicas bem bacanas, apesar de simples;
+ desafio na medida, sem ser frustrante;
- a câmera atrapalha bastante;
- botão de rolar praticamente inútil;
Final Score: 7.5
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Caraca, quem diria um do psone por aqui.
ResponderExcluirsimplesmente odeio quando a câmera não ajuda.
Abç!
PS1 já apareceu aqui algumas vezes e realmente a câmera não ajuda, toda hora você precisa ficar ajustando, ainda mais num jogo desses que você precisa ficar procurando passagens em cada cantinho do cenário...
ExcluirSempre imaginei Spyro como algo bem genérico tipo Croc, mas depois de ler este review, fiquei com vontade de jogá-lo.
ResponderExcluirÉ da turma do Croc. Spyro, Croc, Gex, Crash, ótimos jogos de plataforma 3D, com um defeito ou outro, mas que ajudaram a definir o sucesso do PS1!
ExcluirSpyro pra mim é mais difícil que o Croc, é muito pessoal, mas eu jogo melhor Croc por ser um bípede, kkkkkkkk, sei lá, controlar um "cavalinho" eu erro mais em pulo e ações. ^_^
ResponderExcluirJá comecei Spyro algumas e nunca terminei.
Esse lance da cor do dragãozinho eu não sabia!
Cara, Croc pra mim só desce o primeiro. No segundo eles fizeram uma mudança no controle do personagem que destruiu a jogabilidade como um todo. Pretendo falar mais especificamente disso num futuro review do jogo, já que o primeiro Croc já foi analisado.
ExcluirO segundo eu nunca joguei, aliás por um bom tempo sempre pensei que Croc era jogo único, tempos depois fui conhecer o 2 via reviews, mas nunca joguei. Até parece aqueles filmes com trilogia onde só o primeiro presta kkkkkkkkkk
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirE ae cosmao blz.
ResponderExcluirOhhh spyro e muito foda qdo lem do fico pensando como poderia ser o Mário no PS 1 caso a parceria com a nintendo tivesse virado.
O gráfico e diversão do spyro o primeiro é muito bom vale a pena ter na coleção.
Ohhh cosmao faz uma matéria do wild 9 do ps1 o jogo é estilo plataforma e é muito bom.
Opa, adoro Wild 9, ele está na mira e logo pintará por aqui!
ExcluirValeu
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