segunda-feira, 11 de abril de 2011

Um novo Retronado está chegando...


Se eu for por numa lista os melhores games que já joguei na vida, provavelmente 10 posições não vão bastar. Mas, digamos que eu tenha que eleger os games que mais marcaram minha vida gamer, tirando os games com os quais eu COMECEI a conhecer videogames, como por exemplo o Master System, meu primeiro console pós-Atari. Facilmente selecionaria vários jogos do Mega Drive e, como consequência, do Sega Saturn.



Entre tantos jogos excelentes do Mega, tinha um que me conquistou por dois motivos bastante distintos: a simplicidade e a complexidade. Mas como um jogo consegue ser simples e complexo ao mesmo tempo? Eu poderia citar vários exemplos aqui, mas vou citar apenas o gênero, como era conhecido na época: ACTION-RPG! Os Action RPGs da época uniam a simplicidade de comandos (geralmente saltos e ataques, com alguma magia envolvida) com a complexidade de calabouços e mapas enormes, os quais muitas vezes vinham acompanhados de sessões de puzzles difíceis de decifrar. Para ilustrar a idéia, cito o exemplo máximo: The Legend of Zelda.


The Legend of Zelda: The Four Swords (GameCube)

Zelda era simples, um garoto com uma espada e SÓ. Bastava começar o game para se iniciar uma aventura enorme, cheia de passagens escondidas, mapas gigantes, acessórios pra todo gosto, inimigos chatíssimos e puzzles, muitos puzzles. Conforme os consoles evoluiram, a Nintendo empregou diversas mecânicas nos puzzles dos jogos da série Zelda, como magias, acessórios e lógica. A Sega, rival da Nintendo de outras eras, não poderia ficar atrás, e é aí que entra o meu próximo Retronado aqui no Shugames.

o famoso Alundra, para Playstation

Acho que a maioria já deve desconfiar que meu gênero predileto é esse, os Action RPGs antigos, como Zelda, Alundra e tantos jogos. Tanto é verdade, que estou envolvido num detonado enorme de Alundra no blog FTWGames, o qual vai facilmente passar das 20 partes (ainda estamos na nona parte, se não me engano). Eu gosto desse estilo desbravador, o qual é preciso se virar com o que se tem em mãos, destruir inimigos, pisar em botões, acionar alavancas e torcer para que no próximo baú exista alguma chave da mesma cor da porta que ficou à tempos pra trás no corredor.

Zelda criou o gênero, talvez. E até mesmo aperfeiçoou. Mas nem só de Zelda vive o homem, já dizia o poeta. E eu, como nunca tive um console Nintendo, tive que me virar com o que eu tinha. E o que o Mega Drive tinha na época? Ele mesmo, entre alguns menos famosos, lá estava ele, BEYOND OASIS, um verdadeiro OÁSIS entre os jogos da época, se me permitem o trocadilho.

Beyond Oasis era lindo e único. Afinal, o personagem principal não usava apenas uma espada, ele usava uma espécie de ADAGA e suas pernas e mãos para bater nos inimigos. Fizeram uma espécie de Prince of Persia + Streets of Rage = Beyond Oasis, na época. Ali, o protagonista, chutava, socava, dava voadoras e aplicava golpes mágicos em seus inimigos, fazendo Link parecer um simples elfo. Mas não vamos usar esse post para protagonizar brigas entre fãs de franquias, Zelda e Beyond Oasis são jogos únicos e perfeitos, na minha ótica.

Ali e os espíritos em Beyond Oasis

Enfim, a história girava em torno de um bracelete que Ali achou enquanto navegava pelos mares. Tal bracelete tinha um par, o qual foi usado pelo inimigo, para criar o caos e destruir a ilha onde estavam os espíritos dos elementos. E o que são esses espíritos? O bracelete de Ali pode invocar certos espíritos, fazendo uso de suas habilidades tanto para ataque quanto para resolver enigmas e puzzles. E esse é o coração do jogo.

A Ancient, criadora do jogo, fez um game completo, com golpes bacanas, itens escondidos, um mapa enorme, fases cheias de enigmas, inimigos difíceis e muita, mas bota MUITA nisso, exploração de cenário. A Sega chamou Yuzo Koshiro para fazer a trilha sonora, o mago das músicas de Streets of Rage e tantos outros jogos. Como podem perceber, não era um timinho qualquer por trás de Beyond Oasis, a Sega contratou uma SELEÇÃO de astros para fazer o game.

E onde entra o Retronado nisso? Bom, o tempo passou, o Mega Drive definhou e veio o Saturn. E com ele, a Ancient lançou a continuação E prequel de Beyond Oasis, chamado de Legend of Oasis. A mídia do Saturn (CD) proporcionou muito mais interação com cenário, um game muito maior, com mais localidades, mais inimigos e mais opções de jogabilidade. Afinal, se eram 4 os espíritos no Mega Drive, aqui temos 6 deles, sendo que as dungeons dos mesmos são cerca de QUATRO VEZES maiores que as do Mega Drive. Além disso tudo, o jogo possui muitas quests para buscar jóias perdidas, achar mais energia, evoluir, novas armas e acessórios. Eu diria, facilmente, que Legend of Oasis é um Beyond Oasis elevado à décima potência. E isso sem falar no mago Yuzo Koshiro, que retornou e fez a trilha sonora da continuação do jogo do Mega Drive.

Sendo uma prequel, o jogo do Saturn acontece antes do jogo do Mega. Muito antes dos acontecimentos de Beyond Oasis, vemos o guerreiro Ordan entregando ao seu pupilo, Leon, o Golden Armlet, um lendário ornamento capaz de absorver os espíritos da natureza. O intuito de Ordan era fazer de Leon o Rei dos Espíritos de Oasis. E isso somente seria possível se ele conseguisse a lealdade de seis espíritos, espalhados por toda ilha. Com isso, marcamos o retorno de:

Dytto: como a fada da água;
Efreet: como o demônio do fogo;
Shade: como a sinistra sombra;
Bawu: chamado de Bow no Beyond Oasis, como espírito das plantas;

Dentre os novatos, temos:
Brass: o espírito do som;
Airl: espírito do ar;

Cada um deles tem suas particularidades, ataques, poderes e podem ser achados em diversos tipos de materiais espalhados pelo jogo, tal qual em Beyond Oasis. Dytto, por exemplo, pode ser summonada em qualquer fonte de água, seja uma cachoeira ou seja uma simples gota. Shade, você pode encontrar em pilares congelados, túmulos, cristais e em inimigos mortos, como os zumbis, fantasmas e etc. Airl, como sendo o espírito do ar, é facilmente achado em vapores naturais vindos de gêisers ou até mesmo em dispositivos eletrificados. Encontrar meios de conseguir o espírito certo para resolver certos puzzles no jogo é o grande segredo de Legend of Oasis e o trunfo que o faz diferente dos outros.

Story of Thor 2, nome e capa japonesa, bem mais estilosa, mostrando todos os espíritos do jogo

Após mostrar a história pra vocês, pretendo começar o mais breve possível esse Retronado. Essa vai ser uma matéria bem leve, sem muito apego aos detalhes, apenas contando a história (que é bem simples) e mostrando como resolver a maioria dos puzzles. Eu espero que todos gostem, afinal, não é sempre que vemos detonados/Diários/retronados com várias imagens de jogos do Saturn. Se alguém tem interesse em conhecer à fundo o Beyond Oasis, eu fiz um detonado completo dele faz alguns anos e postei no fórum Outerspace, com imagens e tudo mais. Clique aqui se quiser conferir de perto.

NOTA 1: eu espero que consiga terminar o game, pois estamos falando da emulação do Saturn, algo um tanto desgastante de se conseguir. Emular um console onde o próprio emulador exige um chip diferente no PC é algo surreal, logo, erros, travamentos e outras coisas podem acontecer durante o Retronado. No que depender de mim, farei o Retronado completo, só vou parar no meio mesmo se o emulador não permitir continuar, pois Retronado sem imagens não tem como.

NOTA 2: o Retronado Legend of Oasis sairá em caráter semanal, assim como as postagens no Gagá Games e no FTWGames que eu faço. Tudo para que eu possa preparar adequadamente o post sem cansar quem pretende acompanhá-lo. Em caso de mudanças, poderão ser duas partes na mesma semana, mas nada além disso.

NOTA 3: outro Retronado já está sendo estudado para figurar ao lado de Legend of Oasis, aguardem mais novidades durante a semana.

Bom, divulgado tudo, semana que vem (ou nessa semana ainda, talvez) eu começo pra valer, já mostrando a introdução do game e como conseguir o primeiro espírito, Dytto! Até lá!

8 comentários:

  1. "tirando os games com os quais eu COMECEI a conhecer videogames, como por exemplo o Master System"
    pq descartou o master system? o meu primeiro videogame foi o master system e o jogo q me iniciou no mundo de games com certeza foi Alex Kidd in Miracle World...

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  2. @Anônimo
    Eu quis dizer fazendo uma seleção de jogos marcantes tirando os quais eu comecei nos videogames, como o Master System.

    Excetuando ele (eu também comecei com Miracle World), sobraram os jogos do Mega e do Saturn. É isso.

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  3. Que beleza viu Cosmão vou acompanhar esse retronado não conheço bem esse jogo mas parace ser muito foda .

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  4. Essa lista contém jogos que eu sempre quis jogar, mas não tive oportunidade. Vou aguardar o retronado também :)

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  5. Poderia me mandar um banner de seu blog no tamanho 120x60 para o email
    leonardo_costa_1995@hotmail.com

    Sou do blog dosersgames!

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  6. Cara li esse post a uns 3 dias, e me interesei muito pelo jogo. Ja tinha visto esse Game em uma lista de Roms que tenho aqui, e so tinha jogado uns 2 minutos pra ver como era, e esses 2 minutos foram suficientes para eu perceber o potencial do jogo, mas graças ao seu post eu despertei um interesse maior pelo jogo e comessei a jogar. E estou me divertindo muito.
    Espero poder encontrar mais games legais através do seu blog.

    Parabens pelo seu trabalho.

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  7. Também sempre quis jogar este game, desde a época da "SuperGamePower" que tinha um detonado. Hoje tenho um Saturn e dois jogos desse: um original americano e um alternativo traduzido em português, mas ainda não consegui tempo para jogar, mas vou tentar para acompanhar o Retronado. Também quero jogar o do Mega, um dos mais bonitos do console.
    Eu também gosto muito dos jogos desse estilo, já detonei Zelda do Snes e quase terminei o Alundra do PS1 (vou tentar de novo).
    Grande Blog, Valeu!!!

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  8. Fechei o Beyond Oasis ontem e agora estou jogando o Legend of Oasis (vim aqui pegar uma dica para o templo do Bawu, já vi que está na parte 3).

    Achei que o Beyond Oasis tinha a dose ideal de duração, dificuldade e puzzles; perfeito. O Legend ainda estou meio cabreiro, tô com a sensação de que ficou meio complicado, mas pode ser impressão. Seja como for, melhor ou pior que o primeiro (é cedo para dizer aqui do meu lado), é um ótimo jogo com certeza!

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