quinta-feira, 20 de setembro de 2012

The Legend of Zelda (NES)


Eu nunca consegui gostar de Zelda. E, mesmo todos esses anos vivenciando a emulação de diversos sistemas, não consegui terminar NENHUM jogo da série. Apesar do gênero (Action-RPG, por mais que digam que não é RPG) ser um dos que eu mais aprecio, não consigo, de forma alguma, dar andamento em qualquer jogatina que eu inicie sobre algum game dessa tão prestigiada série.

O que acontece? O que há de errado? Serei eu o problema por não gostar de uma série tão idolatrada salve salve no mundo gamístico?

Eis que, num estalo mítico (like always), resolvi pegar a coisa pela raiz e arrancar de uma vez por todas essa birra com Link e seus amigos. Resolvi pegar a sério logo no primeiro game da série, o lendário The Legend of Zelda, para Nintendinho.

O resultado disso é essa análise.... e não, não vai virar um retronado... ainda não...


Legend of Zelda inicia a saga de Link para salvar a princesa Zelda, raptada por Ganon. Mas, antes de ir atrás da moça, é preciso encontrar 8 partes de um artefato místico chamado Triforce, espalhadas por várias dungeons no enorme mapa do jogo. E é aí que entra um dos maiores diferenciais: o jogador é livre pra ir aonde quiser e quando quiser, diferente da maioria dos jogos nesse estilo. Se você quiser sair pelo mapa e ir direto à sétima dungeon logo de uma vez, saiba que é possível, só não é garantido sair vivo de lá...


a famosa frase e Link detonando alguns seres da areia...

Esse sistema de "open choice" é um dos chamarizes do jogo (não sei se a série toda é assim, pois, como eu disse, não sou conhecedor da franquia), pois dá uma liberdade tão grande que, num game como esse, onde indicadores são escassos (pra não dizer inexistentes), te deixam mais perdido do que cebola em salada de fruta. Claro, na época ninguém reclamava, estávamos acostumados a jogar qualquer pedreira, então, jogar um game onde o mapa mostra apenas sua localização atual, sem nenhuma outra informação, era usual e comum.


dentro de uma dungeon e fugindo de pedras
chaves são vitais no jogo

É fácil ficar perdido no primeiro game do Zelda. Pra isso, os produtores criaram o RADAR, um pequeno mostrador no lado superior esquerdo, que mostra a localização exata de Link, mas sem nenhum detalhe à mais. Por ele, por exemplo, dá pra traçar um mapa numa folha e ir acompanhando conforme se avança pelo mesmo. Eu fiz algo similar à isso para o Retronado do Golden Axe Warrior, do Master System, o que me ajudou muito. Como em Zelda é preciso visitar diversas dungeons, nada mais prático do que anotar tudo que já foi visitado em seu próprio mapa e evitar ficar andando a esmo.


aqui um senhor dá uma dica misteriosa
ao lado, um dos chefes que guarda um pedaço da Triforce

O visual do game é bastante convidativo. Existem pradarias cheias de areia, árvores em florestas suntuosas e planícies cobertas com rochas e montanhas, além de água, muitos rios e mares. Todo o cenário é repleto de seus perigos naturais e de inimigos prontos pra te dar muito trabalho. Link começa sem nada e, logo na primeira caverna, encontra sua fiel espada num monólogo pra lá de conhecido no mundo dos games. Nosso herói, quando está com a energia completa, solta um ataque mais poderoso que alcança inimigos à uma longa distância. Esse ataque é perdido assim que o jogador perde energia, mas pode ser recuperado ao encontrar corações ou uma fada  que completa a energia de Link.


encontrando fadas e a entrada de uma dungeon

A energia de Link pode ser aumentada encontrando-se corações maiores, que geralmente estão sob posse de chefes ou muito bem escondidos tanto no mapa quanto em dungeons. Além disso, equipamentos, escudos, armas secundárias, artefatos e novos apetrechos também fazem parte e ajudam o herói na trama. Todo tipo de equipamento faz algo de importante e deve ser testado nos mais variados cenários do jogo. As bombas, por exemplo, abrem buracos tanto em paredões rochosos quanto dentro de dungeons, muitas vezes revelando caminhos que levam à tesouros escondidos.

Falando em dungeons, as cavernas do jogo são, geralmente, os lugares onde a maioria dos jogadores acaba morrendo. Assim que conseguir o mapa da dungeon, perceberá que ele funciona de forma muito melhor do que no Overworld (área externa), mostrando a localização exata na sala onde Link está, o que ajuda muito em sua exploração. Os inimigos mais implacáveis são encontrados aqui também, o que faz total sentido, pois guardam um precioso pedaço da Triforce.

O visual dentro das dungeons remete à jogos como Gauntlet, cheios de labirintos e com alguns enigmas para serem resolvidos, como puxar blocos ou pisar em botões. Nessa versão em si os enigmas são bem mais simples, mesmo muitas vezes não dando indicação nenhuma de que eles existem, o que pode dificultar bastante em alguns momentos.

Por fim, a música. Não há muito o que se dizer, somente que o tema principal é um ícone dos videogames, comparado apenas com o tema de Mario e Sonic. A música tocada nas dungeons, apesar de repetitiva, reproduz um sentimento melancólico e de solidão como poucas melodias, inclusive atuais. Efeitos sonoros quando se encontra itens ou ataca inimigos se tornaram clássicos na série e hoje fazem parte do universo gamer em geral.


em algumas partes, o jogo lembra algo em sidescroll devido à tela
ao lado, uma passagem secreta escondida no meio dos inimigos...

O primeiro Zelda é isso. É um jogo simples, mas muito bem focado no seu papel: exploração. Acho que não existe palavra melhor para defini-lo, principalmente nesse primeiro game. Como sempre gostei do estilo, tendo jogado à exaustão Golvellius, Golden Axe Warrior, StarTropics e tantos outros mais atuais, talvez eu dê uma chance ao querido Zelda do Nintendinho. Mas isso só quando eu tiver tempo suficiente pra me enfiar em Hyrule e desbravar cada cantinho desse enorme mapa. Ou radar, como queiram.

Resumão:
+ o sentimento de explorador extrapola os sentidos;
+ visual muito bacana, principalmente pra um jogo relativamente velhinho;
+ sons e músicas épicos;
- faltou um mapa, se perder fica fácil, além de ser enjoativo passar pelos mesmos lugares várias vezes;
- a falta de objetividade ou linearidade. Sério, nunca imaginei que um jogo como Zelda fosse te jogar na cara um mapa enorme, sem bússula e berrar na tua orelha: se vira, malandrão;

Final Score: 8.0

21 comentários:

  1. o inicio da lenda...sem mais. o Link of The Past é quase um remake desse jogo, pelo que dizem. e se pode ir na dungeon que quiser, criativo.

    excelente post, Cosmão

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    1. Como assim quase remake? Agora fiquei curioso...

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    2. Eu jogava The Legend of Zelda - A Link To The Past, e ele não possui mapa aberto, apenas 'aparentemente', pois para poder ir para outras áreas do jogo você precisa de itens encontrados nas dungeons, como o Hook (gancho), ou as famosas luvas que levantam pedras. O jogo te mostra o mapa inteiro, mas o mundo é acessado aos poucos, com o avanço do jogo.
      Nos jogos do 64 acontece o mesmo, mapa aberto, mas acessível apenas com o uso de itens ou com o avançar da história.
      Pelo visto apenas o primeiro game da série segue este formato.

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  2. gosto mto deste blog por lembrar de jogos memoraveis

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  3. Curto pra caramba a série mas só cheguei a zerar dois Zeldas A Link to the Past e Link Awakening Dx muito bons jogos viu .

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    1. Esse Awakening DX é pra Game Boy Color, não? Tenho um amigo que é apaixonado por esse jogo, já zerou de cabo a rabo e de trás pra frente hehehe

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  4. Fala Cosmão, cara esse jogo é tão especial q é até difícil comentar rsrs. Bom, mas vamos lá.

    A minha história com Zelda começou no Nintendo 64 do meu amigo, onde fui apresentado ao jogo. Esse jogo era o Ocarine of Time.

    Joguei pouco, pois o video game não era meu. Mas anos mais tarde pela emulação peguei o jogo novamente e fui até o fim. Jogo fantástico, mas não vou entrar no mérito desse game agora.

    Jogando o Ocarine of Time, descobri q não se tratava de um
    jogo, mas Zelda era uma série de jogos, uma franquia já clássica e com muitos fãs.

    Me situei dos vários Zeldas q já haviam sido lançados e após zerar o Ocarine of Time resolvi começar pelo primeiro (este q vc comentou rsrs).

    Sem brincadeiras, joguei muito e fui até o fim. Zerei o jogo, e nesse momento me tornei fã da série. É uma das franquias q mais gosto e sou muito viciado em td de Zelda hoje.

    Esse jogo, na minha humilde opinião, beira a perfeição. Estou falando de desafio (lógico, é um Zelda rsr), diversão, exploração. É fantástico e é um clássico eterno pra mim. O jogo te envolve de uma tal forma q vc sempre vai querer ir até a próxima Dungen rsrs ou descobrir coisas novas ou pegar novas armas, etc.

    Lógico q não estou falando de gráficos, pois estamos em 2012 e esse jogo é de 1986. Mas pra éopca creio q tanto os gráficos quanto o som cumprem com louvor rs. E todo aquele mundo, pronto a ser explorado, cara, na época deveria ter sido loucura rsrs. Coisa de impressionar msm.

    Bem q a nintendo poderia fazer um remake, tipo tudo refeito, com tudo q o Nintendo 3DS pode oferecer. Ia ficar coisa de outro mundo. E eu compraria o 3DS na hora kkkk.

    Cosmão, belo post. Mandou muito bem, pois esse jogo merece.
    Vc chegou a zerar esse jogo ?

    Flw amigo.

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    1. Fala Lipe, beleza?
      Cara, apesar de gostar pra caralho de jogos similares, como Alundra e Legend of Oasis, a série Zelda nunca me despertou interesse. Já tentei por várias vezes começar uma jogatina de A Link to the Past e sempre acabo enjoando e parando. Aí eu vejo detonados e pessoas comentando e volto a me animar denovo, só que já se passaram meses da última vez que joguei, então recomeço tudo novamente...

      Tem sido assim por anos e anos e eu nunca sequer terminei nenhum game da série (sim, um pecado, admito). Esse Zelda de NES é bacanudo, é inteligente e aguça a curiosidade realmente, mas achei ele subjetivo demais. Quem não tem saco jamais vai terminar um game desse porte (e tantos outros assim), mas, como somos retrogamers, encaramos muitas coisas que várias pessoas jamais jogariam nem dez minutos.

      Eu vou encarar esse Zelda para terminá-lo sim, mas só não sei quando, pois o jogo demanda uma dedicação enorme. Em tempo, concordo com sua idéia de remake desse primeiro jogo. Seria animal ver um game desses com gráficos 2D caprichados ou até mesmo em um bom 3D tipo aquele Zelda desenhado do Gamecube.

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    2. Olá Cosmão, muito bom esse Post. Sobre Zelda eu já joguei muitos da série e zerei muitos. Mas o Zelda que eu gostei mais e que mais me impressionou foi o The Legend Of Zelda Majora's Mask de Nintendo64.
      Esse Majora’s Mask é o 2° melhor jogo de vídeo game de todos os tempos da minha lista pessoal, sendo o 1° = Super Metroid (SNES), o 3° = Alundra (PSX) o 4° = Castlevânia SON (PSX) e o 5°= Ninja Gaiden2 de NES ( contudo é uma lista pessoal e não vem ao caso).
      O Majora's Mask é aclamado e crucificado por fãs por se destacar dos outros Zeldas por ser o jogo mais original (diferente) da franquia Zelda. Isso por sua história não ser focada em elementos clássicos dos outros jogos da franquia como por exemplo: Não há Zelda para resgatar, nem triforce para juntar, nem Ganondorf para destruir e nem Hyrule para explorar.
      Porém o jogo é sedutor por ter enredo envolvente e enigmático inspirando-se inclusive numa lenda do nosso mundo real (sobre uma maldição da máscara citada no jogo), muitas side quests viciantes, ser muito misterioso, sombrio e macabro, além de ter desafio, jogabilidade, gráficos e som excelentes. Inclusive há muitas teorias na internet sobre fatos do jogo que especulam desde Link já estar morto e não saber, até a teoria das cinco fazes do suicídio. Se puder jogar e/ou pesquisar sobre tudo que escrevi de repente você pode gostar. E já que o seu blog fala sobre jogos diferentes, desconhecidos ou não muito jogados fica então conveniente.
      Seu blog desperta muita empolgação e nos transmite muita liberdade nos deixando a vontade para interagir.
      Abraço ! :)

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  5. Cara!... Sei um pouco sobre a fama desde grande jogo e realmente me sinto até mal por ter as últimas duas versões lançadas de Zelda para Wii e ainda não ter jogado mais que uma única vez :(

    Eu até escreveria o nome aqui caso eu me soubesse escrever aquele nome rs

    Gostaria de pedir ao amigo Lipe falar mais a respeito das versões mais novas ou do enredo, se os jogos apesar das eras, e consoles, se eles tem uma certa continuidade, uma sequencia...

    Adorei o Blog! :)
    Parabéns!

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    1. Obrigado Elvis. Tenho vontade de experimentar o Zelda do Gamecube, aquele todo caricato. Acho que com ele vou me dar bem hehehe!

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  6. Parabéns!

    Sou o Kraad.

    Você é o Jack T do Outerspace?

    Ficou muito boa sua análise!

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  7. Sempre fico panguando quando o assunto é Zelda! Nunca zerei esse game, fico muito irritado com isso hahahaha!

    Quero ver se jogo esse game até o fim do ano!

    Excelente post Cosmão! Zelda é crássico absoluto!

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    1. Eu me sinto da mesma forma e fico mais puto ainda, pois é um gênero que adoro...

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  8. Eu também nunca me dei muito bem com Zelda.

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  9. Zelda não é o meu forte, pelo menos até zerar o fantástico Ocarina of Time do N64. Futuramente quero fazer o mesmo, mas no celular, agora.
    Abraço!

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  10. Não gosto de Zelda e também não gosto de Mario. Só não digo que sou anti-Nintendo pq AMO Metroid!
    Zelda e Mario na minha opinião são jogos muito entediantes e por "coincidência" sempre com o mesmo objetivo, salvar a princesa. ah vah..

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  11. Poxa cosmão, vc zerou alundra e não consegue zerar a link to the past? Eu sou fã da serie zelda apesar de so ter zerado 5 deles( são 16) e ja virei alundra também e vo ti falar. Quem zera alundra zera qq zelda pois o jogo e dificil pra cacete ainda mais no pesadelo do lobisomem onde a gente entra naquele castelo de gelo. Q fase xata. O a link to the past e muito mais facil q alundra e não menos manero. Eu mais ou menos de 2 em 2 anos, eu tenho que zerar o game pois pra mim e o melhor do snes. Atualmente estou jogando o awakening dx no celular num emulador de gbc e ele não fica muito pra tras não. Acoselho vc tentar ir até o final pois e um otimo jogo e aconselho a todos fãs de zelda a baixar um emulador de ps1 e jogar alundra pois e um jogo desfiador e em questão de puzzles, deixa muitos jogos no chinelo. Cuidado não confundam alundra (2d) com alundra 2 (3d) pois o jogo e um lixo e não se compara com o primeiro game que mesmo sendo 2d arrasa com o segundo game. Joguem que vale a pena e ele tem uma tradução em pt br só caçar na net q vcs axam.

    Abraços e bom jogo

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  12. Cara, vim parar no teu blog por acaso (li um post seu no GaGa) e cara...como assim nao curtir zelda ?! Pelas barbas de ganon, e pela becao de zelda rsrs. Eu conheci a serie pelo primeirao, joguei no NES que ganhei em plena era PlaySation, apesar de ter jogos como SMW e Streets of Rage 3 nos meus consoles de 16Bits curtia o "mundo aberto" de LoZ. Depois, num belo dia de chuva, na loja do kenji (liberdade, sampa) eis que vejo uma linda fita de A Link to the Past na vitrine (miseros 10R$), foi nesse msm dia que declarei total lealdade a princesa zelda (cara que jogo foda!), isso so de ver aquela linda noite tempestuosa :3 bem, desejo boa sorte a voce em sua longa jornada por hyrule...ah! Manda um abraco pro povo de kokiri por mim tmb (faz tempo que n visito os lek de la) ate

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