sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Especial Aniversário 6 Anos Shugames: Os 20 Beat'em Ups Obscuros de Arcades



Beat'em up. Mais do que um gênero de jogo, o famoso BRIGA DE RUA foi a febre de milhares de pessoas nas décadas de 80 e 90. Até hoje cultuado, o estilo ainda cria fãs e nos faz rejogar seus inúmeros clássicos, sem enjoar, apesar de que novidades nesse gênero são quase raridades atualmente. Jogos como Double Dragon, Final Fight, Caddilacs & Dinosaurs e Tartarugas Ninja fazem parte da nata do estilo, que nasceu nos fliperamas e se espalharam pelos mais diversos consoles na época.

Mas, esse post de hoje não é para exaltar os petardos de outrora. Hoje, em comemoração (atrasada, eu sei) aos 6 anos de vida do Shugames, eu resolvi comentar os "porradas de rua" menos famosos, aqueles que poucos devem ter tido acesso e que muitos nem sequer conhecem. Porque nem só de Final Fight o estilo viveu, nem só de Double Dragon os diversos bares da época faturaram seus trocados. Existiram sim, jogos excelentes que rivalizam com os clássicos, mas existiram também porcarias que era melhor que nem tivessem perdido tempo programando aquilo. Conheçam então, dos melhores aos piores, os 20 arcades de BRIGA DE RUA, ou beat'em ups que poucos sabem da sua existência!


Nota: os jogos selecionados não representam ordem preferência. Numerei apenas para facilitar a consulta à determinado jogo e para organizar melhor a lista. Caso você conheça algum jogo que não foi listado aqui, deixe nos comentários. Uma postagem extra com "os esquecidos" está em pauta e o seu jogo pode entrar nela futuramente!

Nota 2: resolvi incluir, além de uma pequena descrição, uma pontuação de 0 a 10 sobre a diversão que o jogo proporciona, mostrando assim se vale a pena ou não o seu entusiasmo ao jogá-lo.

20 - Battlecry
Produtora: Home Data
Diversão: 5/10
A primeira coisa que se ouve ao colocar uma "ficha" em Battlecry é a voz do protagonista dizendo: "thank you for watch this projetc!"! Eu imagino o quão bizarro foi isso na época, direto no arcade mesmo, enfiar uma ficha e escutar o cara dizendo isso! Hahaha, épocas memoráveis! Como jogo Battlecry lembra um pouco vários outros jogos, como por exemplo Vigilante (de 1988), que acredito que foi de onde tirou sua maior inspiração. Mas, diferente de sua maior inspiração. Battlecry deixa muito a desejar na movimentação e nas cores usadas nos personagens. Tudo é muito colorido e até, digamos, circense demais.



Seu personagem pode socar, pular e chutar os inimigos, que vem aos montes de ambos os lados, como no título supracitado da Irem. O game funciona primeiro numa reta, onde é preciso bater nos inimigos para avançar, seguindo logo depois pra uma arena, onde enfrentamos um chefe. Esse esquema, inclusive, lembra outro grande clássico, dessa vez do Master System: Black Belt. O maior problema, além das cores saturadas, é saber dar os golpes. Os comando são duros e a movimentação do personagem é atrasada com relação aos comandos, o que dificulta bastante seu progresso. Vale mais como curiosidade.

19 - Guardians
Produtora: Winkysoft
Diversão: 8/10
Feito pela desconhecida Winkysoft e publicado pela famosa Banpresto, Guardians é um robusto jogo de pancadaria que mistura alienígenas, ninjas e lutadores em diversos locais de um planeta insólito. Uma das melhores características de Guardians, além do tamanho dos personagens na tela, é seu alto número de personagens pra escolher: temos 8 personagens diferentes pra escolher, o que dá uma boa sobrevida ao jogo. Com opção para até dois jogadores, o game é um dos mais bacanas e desconhecidos deste lado do mundo.


Uma curiosidade sobre Guardians é que ele é uma sequência de um jogo que ficou restrito ao Japão, chamado Denjinmakai. Esse primeiro jogo também saiu para Super Nintendo, com o nome de Ghost Chaser Densei, só que no estilo plataforma.

18 - 64th. Street - A Dectetive Story
Produtora: Jaleco
Diversão: 8/10
Dois detetives, Rick e Allen, são contratados por um milionário para salvar sua filha raptada. Soa familiar? Mas é claro, resgate de donzelas era o plot mais famoso e usado da década de 80 e 90, algo que foi praticamente banalizado nos dias atuais. Mas, na pele de um dos dois detetives (ou dos dois, caso jogue com alguém), o objetivo é sair espancando todo e qualquer meliante que estiver no seu caminho. Sim, a premissa: bata antes, pergunte depois, faz a regra aqui e com estilo! Rick e Allen podem jogar seus inimigos nas paredes das casas, nos cascos dos barcos e até em rios que passem no fundo cenário. Muitas janelas podem soltar itens valiosos como comida, ou então outros que valem pontos, como cachimbo (?) e gatos (?).



O jogo é divertido até certo ponto, depois, como quase todo beat'em up da época, acaba se tornando enjoativo. O interessante mesmo é arremesar os caras nas paredes e buracos, pois, de todo o resto, só o especial de ambos (apertando o botão de soco e pulo ao mesmo tempo) acrescenta variedade ao combate.

17 - Karate Blazers
Produtora: Video System
Diversão: 8/10
Karate Blazers é da mesma produtora da série Sonic Wings, que proporcionava a maior confusão na época onde todo mundo pensava se tratar de mais um jogo do Sonic. Em Karate Blazers, controlamos um (ou dois) entre 4 personagens, com aquela mesma missão de resgatar a donzela em perigo, tendo que bater em cada ser humano que encontrar no caminho pra conseguir seu objetivo.


O jogo em si é bom. Os golpes são bacanas, os personagens também, até os especiais são legais de se ver. Pra mim, ele erra em apenas dois aspectos: a colisão dos golpes e a repetição exagerada dos mesmos inimigos, que te segue até praticamente o final do jogo. Os golpes, aliados à movimentação estranha dos lutadores, saem meio estranhos. Eles acertam, mas passam a impressão de que basta sair apertando tudo pra acertar todo mundo, o que tira um pouco o foco do jogo, que vira um aperto de botões sem fim.

16 - China Gate
Produtora: Technos
Diversão: 5/10
Vindo da Technos, eu esperava mais de Chine Gate. Não é um jogo ruim, mas é muito simples perto de uma produtora que concebou o clássico Double Dragon. Em China Gate, escolhemos entre 3 entidades pra descer o sarrafo em inimigos que surgem à todo momento, numa enorme arena fechada com diversos níveis pra subir ou pra descer. Em determinado tempo, os inimigos vão embora e surge um chefe, que apela tanto que tem horas que dá vontade de largar tudo...


O jogo tem um visual meio infantilizado. Mesmo escolhendo personagens que mais parecem demônios, tudo fica muito bonitinho na tela, parecendo personagens em SD se degladiando por todo lado. Acho que se jogar com alguém a coisa fica muito mais divertida, mas não testei essa função. No mais, um jogo bem desconhecido, mas mediano na mesma proporção.

15 - Asterix
Produtora: Konami
Diversão: 7/10
Asterix segue a proposta feita com Os Simpsons, também da Konami, pra arcade: belas animações, uma ambientação única que condiz completamente com o desenho animado (no caso do Asterix, as histórias em quadrinhos) e com controles simples e eficazes. Posso dizer também que a dificuldade imitou o game dos Simpsons: é um dos jogos mais difíceis e comedores de fichas que já joguei. O pior de tudo é que não é só isso, o game, depois de algumas fichas, decide lhe dar um belo game-over mesmo você entupindo a máquina de dinheiro! Ou isso ou minha versão veio com algum bug...


O cenários do jogo são o maior chamativo aqui. Asterix e Obelix percorrem diversos locais comuns nas histórias da dupla, chutando, socando romanos e beijando belas donzelas para repor a energia. Vez ou outra, Ideiafix aparece carregando uma poção preparada por Panoramix que ajuda os heróis a chutarem todas as bundas da tela!

14 - Metamorphic Force
Produtora: Konami
Diversão: 10/10
Metamorphic Force é tão bem desenhado que parece ter sido baseado em algum cartoon da época, mas não: tudo veio das habilidosas mãos dos programadores daquela época da Konami. Todos os personagens são enormes, bem animados, cheios de detalhes, assim como os inimigos, chefes e cenários. Os golpes são variados, sendo que cada personagem, ao coletar um item específico, se transforma numa besta no melhor estilo Altered Beast, dadas as devidas proporções.


Outro jogo que é lembrado ao se jogar Metamorphic Force é Golden Axe. Durante a pancadaria, surge vez ou outra um garotinho com um saco nas costas. Se você não fizer nada, ele solta um item e vai embora. Mas se você bater nele, começam a pular diversos itens úteis da sacola dele, tal qual aqueles anões do clássico da Sega. Outro destaque que eu daria é para a trilha sonora, um rock bem animado que combina totalmente com o gameplay do jogo.

13 - Arabian Fight
Produtora: Sega
Diversão: 6/10
Não vejo muita gente comentando sobre Arabian Fight e foi só por esse motivo que ele entrou na lista. O jogo da Sega, até então razoavelmente conhecido, mistura elementos da mitologia egípcia com guerreiros dotados de poderes vindos de lâmpadas mágicas! O tema parece bem interessante, mas a execução do jogo deixou a desejar em dois aspectos: a bagunça visual e o combate fraco. Enquanto o jogo exibe impressionantes sprites gigantescos até pros padrões atuais, conseguir bater de forma adequada nos inimigos é uma árdua tarefa quando seu personagem pode afundar no cenário ou vir pra frente, com um efeito inovador pra época, o zoom in/out. Isso acaba complicando BASTANTE a percepção do jogador para com os inimigos no cenário, o que dificulta bastante por si só.


Como se não bastasse isso, o jogo tem inimigos implacáveis, chefes difíceis de serem acertados, além de pouca ou quase nenhuma interação com o cenário. Apesar do visual dos personagens serem ótimos e os efeitos de magia e animação dos mesmos durante essas magias serem excelentes, o jogo peca na diversão e falta de variedade de cenários e de situações. Pra se ter uma idéia, o mesmo cenário inicial, no navio, se repete duas fases adiante (inclusive o chefe), mas com cores sombrias para simular a noite...

12 - Cross Blades
Produtora: Irem
Diversão: 5/10
Cross Blades peca em alguns fatores primordiais de um bom beat'em up: número de personagens, variação de golpes e inimigos. Só temos dois personagens pra escolher, um baixinho e um grandão. Ambos tem os mesmos golpes, com diferença pro grandão que acerta de longe. Os inimigos se repetem à exaustão, mudando um ou outro dependendo da fase. Falando em fases, os temas são todos bem parecidos, conseguindo variar lá na frente, onde o jogador ou já cansou do jogo ou não vê a hora que termine.



Agora, em se tratando de visual, esse jogo da Irem é bem bonito. Tanto os personagens como os inimigos são bem animados, possuem bastante detalhes nas roupas e armas, além de alguns chefes serem enormes. É um jogo que diverte por algum tempo, mas não espere nada que vá te entreter muito.

11 - Mug Smashers 
Produtora: Electronic Devices
Diversão: 7/10
É difícil encarar Mug Smashers como um beat'em up sério. Claro, nenhum deles dá pra se levar a sério, mas Mug Smashers parece mais ser uma paródia desse gênero do que qualquer outra coisa. E, se pararmos pra pensar, essa provavelmente não foi a intenção da produtora. Aqui controlamos dois guerreiros, sendo que cada um deles é pra determinado jogador: jogador um assume o papel do loiro bombado, jogador dois fica com o negão também bombado. Em termos de gameplay, os dois são idênticos: soque, pule, pegue coisas do cenário pra jogar nos caras, jogue OS CARAS e dê uma corridinha pra acertar todos.



O jogo é bem simples na sua execução, nada de especiais, nada de dois botões juntos pra acertar todo mundo, aqui é o puro bate rebate dos beat'em ups mais antigos. O que faz com que Mug Smashers seja jogável até o fim é o tom de comédia dos inimigos, um mais bizarro que o outro. Tem o tiozinho que bebe uns goles enquanto te esfaqueia, tem os engravatados, tem chefe completamente desproporcional, tem gordinho com marreta, tem de tudo aqui! Um jogo que lembrou bastante quando conheci Mug Smashers foi Combatribes, mas muito mais rápido e zoado.

10 - The Gladiator / Road of the Sword
Produtora: IGS
Diversão: 7/10
Esse jogo, até pouco tempo atrás, não era emulável no MAME. Após uma atualização, finalmente podemos conferir do que se tratava esse belo beat'em up baseado na época medieval. The Gladiator conta com vários personagens selecionáveis, níveis curtos e cheios de inimigos, além de belos visuais, magias diversas e muitos, muitos combos. O game não é fácil, afinal, estamos falando de arcades, mas é bem agradável de se jogar.


Acredito que o único problema desse jogo seja a falta de variedade nos combates. Os inimigos, genéricos ao extremo, não oferecem coisas novas para serem enfrentadas: é quase sempre a mesma coisa, seja indo da esquerda pra direita ou o contrário. Talvez um melhor aproveitamento dos cenários garantisse à ele uma maior variedade na hora de espancar os inimigos. Indo completamente em outra direção, tanto o visual quanto os personagens selecionáveis dão um banho em muitos beat'em ups do mesmo estilo. Vale sim uma jogada, mas não espere muita coisa.

9 - Bucky O'Hare 
Produtora: Konami
Diversão: 10/10
Bucky O'Hare, baseado no desenho animado, é um jogo beat'em up misturado com run and gun, onde controlamos Bucky e seus 3 amigos na missão de livrar diversos planetas dos terríveis sapos do mal. O jogo funciona na maior parte do tempo como uma mistura inusitada de shooter com pancadaria, num scroll lateral que lembra Final Fight, dadas as devidas proporções.



O colorido e capricho na animação dos personagens, cenários e inimigos de Bucky O'Hare denunciam o capricho costumeiro da Konami com seus arcades da época. Todos os personagens são muito carismáticos e contam com as vozes originais do desenho animado, com direito à cutscenes tanto entre as fases como dentro delas. Além de caprichado, o jogo é difícil, mesmo jogando com alguém prepare aí um saco de fichas se quiser chegar ao final.

8 - The Legend of Silkroad
Produtora: Unico
Diversão: 10/10
Diferente da maioria dos beat'em ups da época, Legend of Silkroad usa gráficos modelados tanto nos personagens quanto inimigos e cenários. Isso deu uma nova dimensão ao jogo da coreana Unico, que o diferencia da maioria dos jogos do estilo. Em se tratando de gameplay, entretanto, ele é como a maioria deles: escolha entre 3 guerreiros (uma donzela no meio) e saia distribuindo porrada pra todo lado.


Legend of Silkroad usa magias o tempo todo pra encantar o jogador. São diversas delas, todas baseadas em elementos, como gelo, fogo e raios. Cada lutador tem apenas uma vida, morreu, gasta-se uma ficha e escolhe-se outro, o que me faz acreditar que os caras ficaram milionários com essa idéia...

7 - Crime Fighters
Produtora: Konami
Diversão: 7/10
Não vejo muita gente falando de Crime Fighters, e não entendo o porquê. Aliás, até posso entender: o predecessor do clássico Vendetta é difícil pra caramba! Crime Fighters é um daqueles arcades que permitem que 4 pessoas joguem juntas. E, bem por isso, ele REQUER que as 4 pessoas se ajudem, pois jogar sozinho é pedir pra ser espancado por diversas gerações por um mero punk de cabelo verde!



O jogo, por ser um dos primeiros do estilo, tem personagens bem pequenos na tela. Mas uma das coisas que mais gostei do jogo foi o JEITO que seu personagem bate nos capangas. Diferente da maioria dos beat'em ups, aqui os socos tem uma curva ao invés de saírem retos. Só isso dá um dinamismo diferente ao jogo todo, transformando-o num clássico da porradaria de rua.

6 - PuliRula 
Produtora: Taito
Diversão: 6/10
PuliRula é facilmente um dos jogos mais bizarros já feitos de todos os tempos! Apesar de ser um beat'em up autêntico, com a porrada comendo solta literalmente, as telas, inimigos e personagens parecem ter saído de algum pesadelo psicodélico dos produtores. Tudo é muito bizarro, desde seu personagem principal (que até agora não consegui identificar se é um garoto ou menina) até os cenários de fundo, com japoneses flutuando, bundas, pernas, inimigos que lembram objetos estranhos, etc.



Cada inimigo destruído liberta um animal, desde cães até ornitorrincos, que valem pontos ao serem coletados pelo jogador. Seu personagem também faz uso de um poder especial que, acredito eu, seja randômico em cada fase, indo desde furacões, um monstro roxo que espanca tudo na tela e até um japonês pra lá de estranho que cai com um microondas e suga todo mundo lá pra dentro! A bizarrice não tem limites em PuliRula.

5 - Hook 
Produtora: Irem
Diversão: 9/10
Nesse especial eu estou descobrindo um grande baú de tesouros que são os jogos de briga de rua da Irem. Hook é mais um petardo da produtora, que também concebeu Undercover Cops e Gunforce na mesma época. Em Hook, escolhemos entre um grupo de garotos pra descer o braço em piratas e marinheiros hostis, tudo muito bem desenhado e animado, com cenários vivos, bons golpes e uma seleta gama de inimigos diferentes.


Uma das coisas que achei bem legal é a interatividade com os cenários: muitas coisas podem ser usados contra os inimigos, como âncoras penduradas, panelas amarradas, caldeirões ferventes, armadilhas em navios, etc. Além disso, a briga também pode ser variada, com golpes de agarrão, possibilidade de chutar e acertar o inimigo caído, um golpe especial que consome energia e muitos combos bacanas. É um jogo meio esquecido, mas que tem muita qualidade e merece ser jogado.

4 - D.D. Crew
Produtora: Sega
Diversão: 6/10
D.D. Crew é um dos beat'em ups exclusivos da Sega para arcades. Controlando um dos 4 lutadores, o objetivo é atravessar a cidade quebrando a cara de todo mundo pra impedir que um terrorista siga em frente com seu plano diabólico. Dos 4 personagens, apenas um deles, o de calça azul é o mais simples de se jogar pelo alcance dos seus chutes. Sim, D.D. Crew é um jogo difícil de se jogar, pois perde-se muito rápido energia e acertar os inimigos é incrivelmente difícil.



Um dos maiores chamarizes do jogo são seus gráficos. Os bonecos são grandes na tela e possuem uma movimentação bem feita. Os cenários também são dignos de menção, até no teto de um teleférico a porrada come solta. Se for jogar com mais 3 pessoas, aumente o nível de diversão para 8, caso contrário, prepare-se para ter dores de cabeça.

3 - Ninja Baseball Batman
Produtora: Irem
Diversão: 10/10
O que mais chama a atenção em Ninja Baseball Batman é, antes de qualquer coisa, o seu visual caprichado. O tempo todo dá a impressão de que estamos jogando um desenho animado de porrada, pois o visual é muito agradável e bem feito. No game, controlamos um dos 4 heróis, onde tudo é baseado em esportes, principalmente, claro, no baseball. Iinimigos como bolinhas, tacos e até carros e aviões estão presentes, dando uma variedade ao mesmo tempo estranha e interessante.



Cada um dos personagens é diferente entre si e essas diferenças vão além da cor e do tamanho. Golpes como agarrões e até mesmo força e velocidade são bem diferentes entre eles, dando uma identidade bacana pra cada um. É um jogo bem divertido e meio esquecido no mar de jogos de fliperama desse estilo.

2 - Night Slashers 
Produtora: Data East Corp.
Diversão: 7/10
Em Night Slashers, controlamos um (ou dois) entre três personagens com a missão de por fim ao holocausto zumbi que assola o mundo. O tema zumbi em jogos do gênero beat'em up era bem raro nessa época, tanto é que Night Slashers é o único jogo que eu lembro desse naipe na década de 90. Todos os personagens possuem uma boa variedade de golpes, agarrões e especiais que, naturalmente, consomem energia.


O destaque do game fica nos cenários e nos inimigos que, apesar de se repetirem à exaustão, são bem detalhados, inclusive com tripas e ossos voando quando são mortos na porrada. A versão japonesa desse arcade não tem nenhuma censura, portanto, o sangue jorra o tempo todo. Um ótimo game pra relaxar jogando naquelas noites chuvosas, até porque, diferente da maioria, ele não lá tão difícil assim.

1 - Shadow Force
Produtora: Technos
Diversão: 8/10
Além de criar Double Dragon e dar todo um formato ao gênero beat'em up, a Technos atacou também com ninjas nesse ótimo Shadow Force. Aqui controlamos um dos 4 heróis, sendo eles dois ninjas, um ciborgue e um lobisomem, todos cheios de estilo e com um visual bem bacana. Talvez o ponto mais forte de Shadow Force seja seu combate: existem inúmeros combos que podem ser montados usando-se os botões de soco, chute e mais os direcionais frente, baixo e cima. Cada direcional com um dos botões de ataque gera um golpe diferente, geralmente pra acertar em três pontos do inimigo: pés, peito e cabeça. Usando esse esquema ao seu favor, é possível dar anti-aéreos, rasteiras bem colocadas e ainda evitar ataques dos inimigos.


Outra coisa que chama atenção em Shadow Force é que seu personagem sempre fica de frente pro inimigo mais próximo, virando-se apenas se este morrer ou se outro chegar mais perto. No começo é meio estranho pegar o jeito, mas com o tempo acostuma-se à esse estilo e fica até difícil encarar outro beat'em up que não tenha essa característica. Shadow Force foi mais uma dessas grandes surpresas nos arcades, mas também pudera: é filho da Technos, que por muito tempo dominou o gênero nos fliperamas!

E com isso eu termino esse especial de aniversário atrasado. Espero que todos tenham gostado e que possam descobrir grandes jogos de porrada nesse especial!


13 comentários:

  1. Ótimo post! Enumerou bastante beat n' ups de temáticas diferentes, tem para todos os gostos e praticamente sofreram uma evolução daqueles só focados nos catiripapos contra punks para aqueles se valendo de armamentos e montarias.

    Alguns mesmo seguindo a velha estrutura consagrada do gênero são interessantes jogar por mudarem o tema. Desses aí fizemos reviews na cucamonga do Arabian e Ninja Baseball. São bons exemplos de ideias fugindo dos eventuais guetos.

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    1. Sim, dentro do gênero beat'em up temos uma boa variedade de temas, desde o tradicional das ruas e guetos, até mesmo medievais, bizarros, circenses, etc. Eu nem tinha reparado que o post tinha ficado tão variado, meu foco foi trazer coisas que pouca gente conheça.

      Abraços!

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    2. Downtown era bem diferentão, visto por cima, lembra bem os primeiros GTAs, só me lembro de um da Capcom que era assim mas não me recordo o nome, era bem genérico.

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    3. Downtown se não me engano apareceu no especial das 50 relíquias dos arcades que eu fiz faz um tempo. É bem estranho de se controlar o personagem, mas, fora isso, o jogo parece ser bem legal!

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    4. Esse Night Slashers lembra bastante o mangá Jojo's Bizarre Adventure, pelo menos no primeiro arco, kung fu e vampiros dissolvendo.

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  2. Ai sim viu só jogão viu alguns deles eu já joguei mas alguns não tive a oportunidade de jogar vou adicionar na minha lista de jogos.

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  3. Eu jogava esse Cross Blades direto no bar de um pai de um amigo meu e tinha esquecido o nome. Eu achava um baita jogo.

    E esse Bucky O'Hare parece ser divino. Além de ser da Konami, tem um estilo diferente, que nos fins das contas acaba não sendo beat em up. Era o típico jogo perfeito pra ser mascote de um console e os gráficos são lindos. Esse Ninja Baseball também parece ser foda.

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    1. Aliás, interessante como os jogos da Konami da lista, todos se destacam.

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  4. Olá pessoal do Shugames, tudo bem. Muito bom esse teu post, Cosmão. Eu curti muito. Não pude conter o riso ao ver o gordinho da marreta do Mug Smashes, e a bunda nipônica do PuliRula. Não sei se eu já tinha dito isso aqui, mas eu estou montando um blog dedicado aos assopradores de fitas e demais amantes de games antigos. Eu já deixei um Link do Shugames na minha lista
    de sites legais. o endereço é

    http://ultimateretroplayer.blogspot.com/

    Feliz aniversário, Shugames. Muitos anos de diversão.

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  5. Parabéns ao blog e excelente artigo,gostei muito e esse estilo de game poderia renascer hoje em dia,talvez adotando o estilo de combate dos games Batman Arkham.

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  6. Mais um excelente artigo de sua lavra.

    Adoro a síntese colocada abaixo de cada imagem!

    Abç

    http://scantorrents2.blogspot.com.br/

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  7. Ótimo post!
    64th Street é um dos meus preferidos,saudades deste jogo!

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  8. Ninja Baseball Batman é meio repetitivo e curto, mas é muito bonito e divertido.

    Acredito que caberia Armored Warrior e Undercover Cops.

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